Fessmuc apresenta pauta dos municipais na Assembleia Legislativa

Federação cobrou compromisso dos deputados para intervir nas negociações a favor dos trabalhadores.


A Federação dos Sindicatos de Servidores Municipais Cutistas apresentou a pauta dos trabalhadores na Assembleia Legislativa do Paraná. A presidente da Fessmuc, Cibele Campos, cobrou compromisso dos deputados em favor da pauta dos trabalhadores. Os principais itens da pauta são ganho salarial, cumprimento da Lei do Magistério e condições de trabalho. Também no plenário, a diretora da Confetam (Confederação dos Trabalhadores Municipais) Irene Rodrigues, adicionou o problema da terceirização do serviço público como assunto principal dos trabalhadores.


O Paraná tem 300 mil servidores municipais. Destes, 60 municípios e 100 mil trabalhadores são representados pela Fessmuc. Com a força dessa representação, a presidente Cibele Campos pediu aos deputados estaduais que conversem com os prefeitos para que abram ou avançam no debate da campanha de lutas. Cibele informou que Curitiba e São José dos Pinhais estão em greve e que Mandaguari e Maringá têm indicativo de greve porque suas pautas não são atendidas. “No estado, as pautas se complementam ou se repetem. Está na pauta os planos de carreira. Também está o piso nacional do magistério e o cumprimento dos 33% de hora atividade. É grande o número de municípios que descumprem as leis”, relatou.


O deputado estadual Tadeu Veneri chamou importância para o atendimento da pauta. Ele abriu a sessão para que as dirigentes sindicais se pronunciassem. “Há alguns dados fundamentais para que os deputados entendam a situação das cidades. São diversos temas relevantes que precisamos debater”, enfatizou.


Convenção 151
Um desses temas é a Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho. Segundo Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc e dirigente da Confetam, essa convenção garante direitos de negociação dos trabalhadores. “Muitos municípios do Brasil não têm esse momento de discussão com a gestão. Isso ocasiona que muitos servidores só recebam salário mínimo. Uma forma de mudar essa realidade é a Convenção”, aponta. A dirigente também lembrou da campanha nacional da Confetam “Terceirização é gol contra”.