Pauta da educação é negada na maior parte pela prefeitura

Na última reunião de negociação da pauta específica realizada hoje (15), na sede da Smad, foi a vez de debater as reivindicações dos profissionais da educação. Ao todo 22 pontos aprovados em assembleia pelos trabalhadores foram tratados. A maior parte não contou com a aprovação da prefeitura, mas algumas questões foram avançadas, ainda que apenas no plano das promessas.

Dentre elas a aplicação da lei da hora permanência. Os representantes da administração, inclusive, reconhecem que existem problemas e que em alguns locais esse direito não vem sendo respeitado. A chamada de novos concursados deve ser uma das ações para garantir mais profissionais nos locais de trabalho e tempo efetivo para a execução da hora atividade. A extensão do direito aos demais profissionais, como inspetores, não foi aceito. O argumento da prefeitura é de que estes trabalhadores não participam do processo educacional.

Outro item importante, assumido como compromisso pela administração, é a adesão ao profuncionário. A implantação do programa do governo federal em Curitiba dependeria, agora, do governo estadual, mas os representantes da prefeitura afirmaram que há interesse em ingressar.

Foram negadas pela prefeitura questões como a redução da jornada sem redução dos vencimentos, a democratização da gestão dos locais de trabalho por eleição de diretores, PPQ mensal e o auxílio alimentação para todos os profissionais da educação. As correções das distorções ocorridas com a provação da lei 12.350/07, reivindicada nas outras pautas específicas, também se manteve sem acordo.

Durante a reunião, uma das questões que chamou a atenção foi a preocupação da prefeitura em manter em sigilo dados sobre a saúde dos trabalhadores da educação. Diretores do Sismuc solicitaram informações sobre quantidade de afastamentos e de trabalhadores adoecidos, para identificar as necessidades de pessoal na educação municipal. Mas o pedido foi negado. “A prefeitura tem uma preocupação enorme de que os trabalhadores saibam qual é a real situação destes profissionais nos locais de trabalho. Se estão escondendo algo, é porque provavelmente os problemas são muitos”, questiona a diretora do sindicato Ana Paula Cozzolino.

Permanecem em suspenso alguns outros itens da pauta, que devem ser retomados em breve. É o caso da adequação do plano de cargos, conforme o que vigora para o magistério, o destacamento de guardas para as escolas e cmei’s, afim de aumentar a segurança, e melhorias na estrutura dos locais de trabalho.

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