Servidores mostram força e reafirmam importância do ICS

A mobilização em favor do ICS ocorreu nessa tarde, dia 20, com cerca de 500 servidores. Balões pretos e apitos mostraram o descontentamento dos trabalhadores aos que passaram em frente à prefeitura. Um caminhão de som também abriu a palavra aos servidores que quiseram se manifestar.

Como resultado da mobilização uma mesa de negociação foi realizada no começo da tarde. Estiveram presentes os dirigentes do Simmac e Sismuc, representantes de base e a prefeitura representada por Paulo Schmidt, secretário de Rh, Luiz Fernando Jamur, secretário de governo, e Ana Luiza Schneider Gondim, presidente do ICS. Na reunião foi entregue um projeto elaborado pelos servidores, em 2008, com um novo modelo para o ICS e iniciou-se o debate sobre as novas propostas da PMC para o instituto.
Schneider afirmou que até junho o ICS terá que ser uma autarquia. Porém, antes disso, a contribuição compulsória já estará em vigor.
Esta é uma reivindicação antiga da categoria. Há pelo menos dez anos os sindicatos vêm propondo esta solução. Agora, o preocupante é como ela será implantada. Para que siga o projeto dos servidores, terá que ser transparente e deverá ser discutida qual o modelo de assistência a saúde será desenvolvido. Sobre esse ponto a prefeitura se comprometeu a agendar um calendário de negociação até o próximo dia 8, quando serão concluídos os estudos sobre o caso. 
Uma das maiores preocupações dos sindicatos é o risco que fim da compulsoriedade possa causar para a manutenção financeira do ICS. Um projeto de lei, enviado pelo prefeito a Câmara, acabará com a obrigação do servidor em contribuir para o ICS. Mesmo sem apresentar um estudo a prefeitura estima que se a medida for aprovada 20% do funcionalismo municipal devem deixar de existir para o já deficitário orçamento do instituto.  
Marcela Bomfim, presidente do Sismuc, alerta que a manutenção do ICS e a aprovação novo modelo dependem da organização dos trabalhadores e do debate dentro dos locais de trabalho, em reuniões e assembléias. “É necessário continuarmos organizados e mobilizados, pois já percebemos que é só assim para a prefeitura abrir negociação e chegarmos a uma solução”, conclui.
Nas próximas semanas haverá assembleias no Sismuc e Simmac para debater a situação do instituto e aprovar estratégias e encaminhamentos.