Servidores param pela revisão do PCCV

Servidores mostram força e reclamam que prefeito não abre diálogo

Milhares de servidores municipais participaram da paralisação ocorrida em São José dos Pinhais. Após concentração na Praça 8 de Janeiro, os servidores e servidoras caminharam até a Secretaria de Educação, a Prefeitura e a Câmara Municipal. O protesto requer o fim das terceirizações, valorização do serviço público e melhorias nas condições de ensino. Também requer a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos servidores. A prefeitura prometeu negociar o PCCV, mas sequer respondeu a ofício pedindo a reabertura de diálogo.
   
A paralisação reuniu todos os segmentos do serviço público municipal. Cerca de 95% do ensino municipal e CMEIs aderiram ao movimento. Os pais e mães dos estudantes foram avisados com antecedência da paralisação e aconselhados a não levarem as crianças às escolas: “É em defesa de nossas crianças que paramos. Antes elas tinham comida, agora é uma mistura”, denunciou uma educadora durante o protesto. Inclusive, o protesto começou pela Secretaria de Educação. Os servidores e o Sinsep questionam pregão direcionado para que um grande Grupo de Informática introduza seu sistema na rede municipal. “As clausulas deste pregão, como valores e abrangência sequer foram discutidas no Conselho Municipal de Educação”, se queixou o presidente Nelson Castanho.
   
Em seguida, a marcha foi até a prefeitura. Mas o prefeito Ivan Rodrigues mais uma vez não recebeu os servidores, muito embora tenha se manifestado em carta que é “democrático e sereno” na relação com os cidadãos.
   
Isso levou os servidores até a Câmara Municipal. Os vereadores, ao contrário do prefeito, recepcionaram os servidores e abriram outra porta de diálogo (a mais recente foi com o fim da Avaliação de Diretores). O vereador Toninho da Anderson ressaltou que “nunca houve na história dessa cidade uma manifestação tão grande”. O que se conclui que “é um sinal da insatisfação dos servidores”, completou Toninho da Anderson. Já o vereador professor Walder lembrou que “antigamente nós tínhamos sindicato chapa branca e que agora podemos dar um passo maior para a resolução dos problemas”. O vereador é, por hora, a favor do sistema de informática desde que se mostre “favorável aos servidores”.
   
Quanto à revisão do PCCV, o vereador e presidente da Câmara, professor Assis, observou que “nós nos aliamos aos servidores pela revisão do PCCV. Só lembramos que a lei é de competência do prefeito”. Mesmo assim, o presidente do Sinsep Nelson Castanho solicitou: “Pedimos que os senhores vereadores intercedam para ajudar na revisão do PCCV”. Castanho ainda reclamou da falta de diálogo do prefeito: “Nós não gostamos de paralisar, mas os servidores precisam da revisão e o prefeito não responde nossos ofícios”.
   
Posição do Prefeito
   
Até o fim desta reportagem, às 14h32min de cinco de outubro de 2010 o prefeito não havia recebido nenhum representante dos servidores. Os servidores devem fazer assembléia para definir pela greve ou não.
 

Fonte: Imprensa Sinsep