Segurança na Airton Senna é tema de reunião

Reunião realizada neste dia 1º de setembro, no núcleo regional de educação do Cajuru, tratou do problema de segurança que vem se agravando na escola municipal Airton Senna. O objetivo é a negociação de medidas que possam amenizar a situação que impõe risco à integridade dos servidores, pais e alunos da escola. Além de representantes do Sismuc e do Sismmac e do núcleo regional de educação, também participaram da reunião outros quatro trabalhadores da escola.

Uma das constatações possíveis é de que o serviço da empresa terceirizada contratada para fazer a vigilância das escolas não consegue dar conta do trabalho. “O fato do sistema de alarme da G5 não ter sido acionado, apesar dos tiros, é uma prova de que há falhas”, diz Juliano Soares, diretor do Sismuc. A mesma situação já ocorreu em algumas outras escolas, conforme dito na reunião.
De acordo com a inspetora do núcleo regional de defesa social Paulina Wojcik, a segurança está sendo realizada em tempo integral, desde o dia 27, suprindo uma deficiência da empresa de vigilância contratada para fazer o trabalho. No entanto, ela não sabe até quando essa medida pode durar e limitou-se a dizer que a operação será mantida em caráter de emergência.
Simeri, presidente do Sismmac, questionou a forma como o problema vem sendo encarado pela secretaria. Em sua opinião, as grandes marcas de bala nas paredes, revelam que os bandidos estão usando armamento pesado. “Os atos não são coisas de vândalos”, afirma.
“A sensação de insegurança é muito grande. Está gerando medo e paranóia no pessoal de que podem entrar na sala de aula a qualquer momento e ameaçar os funcionários. Há servidores que estão passando mal devido à angústia”, conta o professor Claudinei Duarte de Lima, um dos trabalhadores que participou da reunião.
A chefe do núcleo Beth Dubas cogitou a possibilidade de suspender as aulas noturnas do EJA e do Cebeja. A proposta está sendo analisada pela secretaria de educação, segundo ela, mas caso não haja guardas no local, naquele período, as aulas serão suspensas. A paralisação dos serviços em tempo integral também é uma das atividades quem vem sendo organizadas pelos trabalhadores, caso não haja uma solução efetiva.
Outro problema que será relatado à administração é a reposição dos equipamentos danificados ou roubados. A seguradora contratada tem se negado a repor vidros e computadores quebrados, afirmando que o seguro não cobre vandalismo. A escola está sem alguns equipamentos e não tem previsão de compra. Um forno de microondas roubado, por exemplo, só foi resposto após oito meses.
Os contratos com a empresa terceirizada será solicitado pelos sindicatos e pelo núcleo e cópias serão distribuídas às escolas. Uma reunião com os responsáveis pelos contratos será agendada pelos sindicatos nos próximos dias.