Delegados também deliberam pela mudança estatutária do Sismuc e eleição da diretoria suplementar
Os 387 delegados eleitos nos vários locais de trabalho pelos servidores da prefeitura de Curitiba foram responsáveis por realizar o maior congresso já realizado por um sindicato no Paraná. Foram três dias de debate, na Associação Banestado, em Praia de Leste, onde foi aprovada uma tese, definindo o plano de lutas para o próximo período, as alterações estatutárias do Sismuc e a diretoria suplementar do sindicato.
Na plenária final realizada hoje (29) foram aprovadas emendas, alterações e substituições para a Tese da Direção. No plano de lutas, por exemplo, destacam-se propostas como o fortalecimento das Organizações por Locais de Trabalho (OLT), a defesa do ICS, defesa do auxílio alimentação para todos, incorporação das remunerações variáveis aos salários e luta pela implantação dos novos planos de cargos, carreiras e salários, dentre várias outras medidas a serem promovidas pelo Sismuc.

Campanhas como a defesa dos interesses dos servidores e a luta contra a política de desvalorização dos trabalhadores, promovida pela gestão Richa/Ducci, são algumas das principais tarefas da atual gestão do Sismuc. Um dos trechos da tese diz: “Para nós, trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, estabelece-se mesa de negociação tímida, que pouco decide, onde não há diálogo franco e, quando despertamos para a luta, o poder judiciário é acionado para multar os que ousam lutar e partir para a greve. No entanto, para o prefeito e seu secretariado são concedidos salários astronômicos”.
Outra medida importante, visando o fortalecimento do sindicato como instrumento de luta dos trabalhadores, é a elaboração de campanhas de sindicalização. O aumento de sindicalizados é percebida como atividade fundamental para o aumento da receita da entidade e, consequentemente, de recursos para a organização dos trabalhadores.
Alteração estatutária
No que diz respeito à organização do Sismuc, uma das grandes mudanças aprovadas pelos delegados é a mudança do regime presidencialista para o de diretoria colegiada. Ou seja, a partir de agora, o sindicato não tem mais presidente, mas um colegiado composto de coordenações, seguindo uma proposta de democratização da gestão sindical, diferente da direção verticalizada. Algumas das mudanças do estatuto passam a valer a partir de dezembro de 2010, outras, apenas a partir do próximo mandato.
A presidente do Sismuc Marcela Alves Bomfim avalia o Congresso: “Foi muito bom. Os delegados tiveram boa participação nos grupos, oficinas e plenárias. As pessoas estavam comprometidas e tiveram a oportunidade de conversar com servidores de várias secretarias, trocar experiências e mostrar que a gestão da prefeitura, quando prejudica uma pessoa, prejudica a todos”.
Eleição suplementar
Ao final, na assembleia geral realizada logo após a plenária, foram eleitos pelos delegados os 9 diretores suplementares para a diretoria e para o conselho fiscal, que substituem diretores que deixaram a gestão nos últimos meses. São eles Ivone Buckman, José Juliano de Oliveira, Mauro César Diniz, Ronaldo Madeira, Maria Aparecida Sobral, José Pucci Neto, Eduardo Neto, Leandro Servilha e Patrícia Lima.
Moções
Foram aprovadas também 7 moções pela plenária final. Destaque para o apoio à redução da jornada de trabalho de assistentes sociais e a extensão deste direito aos demais servidores da PMC. Também se aprovou a defesa da gratificação de 50% para inspetores de escolas especiais.
As resoluções finais, fotos, vídeos e demais documentos do congresso estarão disponíveis em breve na página do Sismuc.