Dos cerca de 130 servidores médicos e dentistas da prefeitura de Curitiba envolvidos no problema, quase metade estiveram hoje (3), no paço municipal, para cobrar de Luciano Ducci a resolução para a dobra da jornada. A categoria exige a incorporação dos valores pagos pelas outras 20 horas de trabalho à aposentadoria, para que sejam descontados pelo IPMC e para que tenham direito ao benefício mais tarde.
O dentista da unidade de saúde Butiatuvinha Claudio Bucco era um deles a estar insatisfeito com a atual situação. “A gente trabalha uma vida inteira por 40 horas para quando chegar na aposentadoria e ganhar o equivalente a 20”, diz ele.
Depois do envio de ofício e da cobrança da confirmação de reunião com o prefeito, sem o devido retorno por parte da administração, o Sismuc manteve a mobilização e a categoria respondeu positivamente ao chamado.
Diante da pressão, o superintendente da secretaria geral de governo Sósio , informou que o prefeito confirmou uma nova data para o próximo dia 11, a partir das 17 horas. Logo após a audiência, a categoria segue para assembleia prevista para 19 horas, no mesmo dia.
Este impasse vem se arrastando por pelo menos três anos, desde que o sindicato ingressou com um pedido formal para que a dobra fosse reconhecida como vencimento. De lá para cá a categoria já conseguiu a incorporação desses valores ao 13º salário e às férias.
Na última reunião, realizada semana passada, eles aprovaram o ingresso de uma ação coletiva para transformar a dobra em hora-extra. Como a legislação prevê o adicional de 50%, mais as incorporações aos 13º, férias e aposentadorias, a prefeitura acabará pagando mais caro, do que se aceitasse o acordo, caso a ação seja ganha.
