Negociação na FAS garante gratificação de difícil provimento e plano próprio

A maior pauta específica de todos os segmentos da prefeitura foi debatida ontem e hoje (24). Nos 19 pontos da pauta, alguns avanços podem ser apontados, graças à determinação dos representantes dos trabalhadores.

Ontem, o destaque ficou por conta da conquista da gratificação de difícil provimento. A FAS comprometeu-se em realizar um estudo a partir de abril e implantar o benefício até o segundo semestre deste ano. A proposta será apresentada a uma comissão de representantes dos locais de trabalho e diretores do Sismuc.
Também ratificou-se a elaboração do plano de cargos, carreiras e salários do SUAS. As discussões iniciam na segunda semana de abril, quando será montado também um calendário de reuniões, prevendo a entrega da proposta em novembro.
Hoje, prevaleceram os itens referentes às condições de trabalho. Em princípio, os representantes da FAS não quiseram reconhecer a existência de problemas na estrutura física das unidades, porém, diante dos argumentos dos representantes dos servidores, acabaram voltando atrás e reconhecendo a necessidade de realizar novas avaliações.
Um dos itens que não houve avanços é quanto ao fornecimento de equipamento de proteção individual. O sindicato cobrou agilidade na entrega dos EPI’s, mas não houve acordo. O prazo mínimo para entrega será mantido em 15 dias, o que coloca a categoria em risco. Um dos exemplos é quanto ao que houve no ano passado, durante a epidemia de gripe A, quando alguns servidores que trabalhavam com o atendimento ao público acabaram contraindo a doença.
Outros pontos de interesse dos servidores é quanto à jornada de trabalho nos abrigos que, ao contrário do que vinha sendo cogitado, será mantida em oito horas diárias para trabalhadores do período vespertino e 12/36 horas para os do noturno. A aposentadoria especial para trabalhadores do abrigo, foi reconhecida como necessária pelos representantes da prefeitura, devido à complexidade da função, mas a liberação será remetida ao IPMC. Inserção de psicólogos na FAS também será debatido, paralelamente à elaboração de equipes interdisciplinares de profissionais que atuarão nos equipamentos. A proposta da prefeitura é fazer um único grupo de referência, mas o Sismuc defende que, devido à demanda de serviços, é necessário que cada um dos oito abrigos tenha sua própria equipe (2 psicólogos, 2 assistentes sociais e 2 educadores). A questão permanece em debate.