Pesquisa revela avanços e desafios da CUT

19/10/2009 – 15:05 

Uma pesquisa realizada pela Secretaria de Imprensa e Comunicação do Sismuc durante o 10º Congresso Nacional da CUT, realizado em agosto, revela pontos positivos e negativos no desenvolvimento da central. A pesquisa tinha por objetivo principal descobrir o que os delegados do congresso pensam sobre a representação sindical. Foram entrevistados 80 delegados aleatoriamente.
 
A maior parte entende que os sindicatos brasileiros são representativos, sendo que essa capacidade se confere pela quantidade de trabalhadores sindicalizados e pelas negociações coletivas de trabalho. Apenas 17% entendem que a representatividade é assegurada pela legislação sindical brasileira. Sobre a posição da CUT no sindicalismo brasileiro, a pesquisa revela que 36% dos delegados entendem que a CUT também representa a sociedade. Parte disso se explica pelo papel ampliado de representação que a CUT ganha nos últimos anos, em decorrência de uma atuação política mais propositiva, no que diz respeito a governos e políticas públicas.
 
A respeito do governo Lula, os delegados compreendem a necessidade de manter independência sindical em relação ao governo. Porém, os dados também apontam uma relação de proximidade com o governo, que conta com credibilidade por parte dos delegados sindicais. A maioria dos entrevistados avalia positivamente o governo federal.
 
Um dos pontos a se avançar ainda é sobre o perfil dos delegados. A maior parte ainda é de homens. 74% são homens, contra 26% de mulheres. A idade média também é um fator preocupante, próximo dos 44 anos. No 5º Concut, por exemplo, realizado em 1994, somente 28,6% dos participantes tinham mais de 40 anos, enquanto que agora, seriam 65% de delegados acima dos 40 anos. Esses dados, de certa forma, demonstram uma dificuldade na renovação e rejuvenescimento de delegados sindicais no congresso da CUT.
 
Imprensa Sismuc