Gripe H1N1 potencializa problemas no Cmum Boa Vista

21/08/2009 – 17:35

Trabalhadores da saúde do Cmum Boa Vista estão sobrecarregados de trabalho devido ao aumento da demanda para atendimento dos casos de gripe H1N1. A unidade é tida como referência para atendimento desses casos o que potencializa uma série de problemas estruturais e de saúde para esses funcionários. Os problemas foram relatados em reunião entre trabalhadores e chefias, realizada hoje (21), na qual representantes do Sismuc estiveram presentes.

Problemas de saúde resultantes da intensificação do trabalho e riscos de exposição a doenças fazem parte da rotina desses funcionários. A estrutura provisória onde funcionam os serviços, enquanto o prédio definitivo não fica pronto, não oferece sala de isolamento adequada. A sala administrativa foi improvisada para que pacientes com suspeita da gripe sejam internados. Não há chuveiro no banheiro de funcionários e nem materiais de limpeza suficientes para asseio do Cmum. Na geladeira, instalada na cozinha, é possível observar gelox (usado para manter e transferir materiais biológicos) junto com alimento dos funcionários, pois não há local próprio para armazenamento das amostras.
Estas e outras questões foram apresentadas em um documento entregue para a chefia durante a reunião. Mas outra questão também chamou a atenção dos diretores do sindicato: ficou comprovado, mais uma vez que existem problemas nos convênios que terceirizam os serviços de atendimento médico na prefeitura. O convênio com a Funpar que deveria manter 11 médicos no local não vem sendo cumprido. Na escala de hoje, disposta no mural, é possível observar apenas seis médicos no plantão.
O sindicato defende reuniões sistemáticas para debate dos problemas e organização do trabalho. Suely de Souza, secretária de administração do Sismuc entende que os problemas devem ser resolvidos o quanto antes para que os serviços possam ser desenvolvidos da melhor forma possível sem que os trabalhadores fiquem expostos a situação de risco.
Por diversas vezes tentou-se contato com a assessoria de imprensa da prefeitura e com a secretaria de saúde, mas não houve retorno.

Imprensa Sismuc