Curitiba conta com 322 favelas, são milhares de famílias morando em habitações inadequadas
O governo federal lançou no final de novembro o Programa Periferia Viva, que tem como objetivo urbanizar as favelas em todos os municípios brasileiros. O pacote com políticas públicas tem como foco quatro eixos: Infraestrutura urbana; Equipamentos sociais; Fortalecimento social e comunitário; e Inovação, tecnologia e oportunidades. O plano é que todas as cidades com favelas ou áreas com alto risco habitacional sejam beneficiadas com ações integradas que visam dotar as favelas de saneamento básico, redução de riscos de desastres naturais, adequação de sistema viário, redes de distribuição de energia elétrica e iluminação pública e regularização fundiária.
Outra medida do Programa é o CEP Para Todos, com a meta de que todas as moradias em favelas tenham CEP até 2026. “Com este programa, estamos plantando sementes que darão frutos para gerações. Porque a verdadeira riqueza de um país é seu povo, e nosso povo merece viver com dignidade”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o evento de lançamento.
Considerando que Curitiba possui mais de 300 favelas e enfrenta atualmente uma crise habitacional — com mais de 58 mil famílias aguardando por moradia, se faz necessário que a gestão municipal articule esforços junto ao governo federal, para garantir que as políticas públicas propostas alcancem as comunidades mais vulneráveis da cidade.
Saiba mais em: “Quem vê cara não vê coração”: Curitiba conta com 322 favelas e mais de 58 mil famílias esperando por uma moradia digna
Essa parceria pode representar uma oportunidade histórica para enfrentar a crise habitacional e reduzir a desigualdade social, promovendo dignidade e qualidade de vida às milhares de famílias que aguardam por moradia adequada.
O direito à moradia digna vai muito além de garantir quatro paredes e um teto, é um direito humano básico e constitucional, que atravessa o direito à educação, à saúde, à segurança pública, à cultura. Mais do que manter-se protegido do frio, da chuva e de doenças, ao se pensar em políticas públicas habitacionais, é fundamental considerar os elementos que assegurem a possibilidade das pessoas acessarem todos os recursos que uma cidade oferece.