No coletivo das aposentadas e dos aposentados que aconteceu esta semana no SISMUC, exibimos o documentário Mulheres Araucárias. O doc conta as vivências de luta, resistência e esperança de Maria, Jociele e Tayla, três gerações de mulheres Kaingang. O filme mostra as mulheres em seu território, a Aldeia Indígena Kakané Porã aqui Paraná, e o encontro delas na III Marcha das Mulheres Indígenas, ocorrida em 2023, em Brasília (DF).
O documentário conecta as mulheres Kaingang e as árvores de araucárias na resistência aos projetos de morte nos territórios indígenas no bioma Mata Atlântica. Com protagonismo de mulheres Kaingang nas falas e também na produção, feita por Camila Mīg Sá, comunicadora da Mídia Indígena Oficial, “Mulheres Araucárias” é um convite para conhecer e reconhecer o importante papel das mulheres Kaingang e da floresta na defesa da vida e dos territórios.
A roteirista, produtora e cinegrafista Camila Mīg Sá participou do nosso coletivo e conversou com as/os aposentadas/os, explicando os desafios durante a gravação do documentário e o objetivo que as mulheres Kaingang têm em sua divulgação.
“O território Kakané Porã não é reconhecido pela Funai. E a gente luta pela demarcação do território não porque a gente quer muita terra. É porque a gente quer que o território seja preservado”, declara Camila. “É uma felicidade que a minha aldeia chegue pra todo o Brasil [por meio do filme]”.
Assista ao documentário no YouTube: clique aqui.
Mulheres Araucárias foi lançado neste mês de abril no Museu Paranaense e será exibido em Brasília nos dias 22 a 26 de abril, durante o Acampamento Terra Livre (ATL) — maior mobilização indígena do Brasil, que reivindica pelos direitos dos povos indígenas e luta contra o Marco Temporal.