Falta de políticas públicas para assistência social foi tema de live

As condições de trabalho dos servidores que fazem o
atendimento da população mais vulnerável
da cidade foi tema de um debate online que aconteceu na noite de segunda-feira
(2) promovido pelo portal Plural.jor. O SISMUC foi uma das vozes participantes
e lembrou do desmonte que a gestão do desprefeito Rafael Greca vem promovendo
na assistência social da cidade. Participaram o educador social e diretor do
Sindicato Marcos Franco, a ex-presidente da Fundação de Ação Social (FAS),
Márcia Oleskovicz e o servidor aposentado Antônio Carlos Rocha.

Durante o debate virtual, o SISMUC lembrou que em 2018 Greca promoveu o fechamento de 7 Centros de
Referência em Assistência Social (CRAS), suspendendo o atendimento. O resultado
desta ação se vê em médio e longo prazo, e por isso, agora, estamos vendo mais
pessoas em situação de rua na cidade porque não recebem mais o acolhimento que
o CRAS da região vinha fazendo.

Além disso, a falta de profissionais para completar as
equipes foi outro problema apontado pelo sindicato. A gestão tem priorizado a
contratação por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS) ou contrato de
terceiros para fazer o atendimento, prejudicando o vínculo com os usuários
atendidos, elemento importante no serviço de assistência social.

É a falta de política pública para área de assistência
social que vem prejudicando o atendimento para a população e as condições de
trabalho dos servidores.

Mesmo com arrocho salarial imposto por Greca aos
trabalhadores, os servidores da FAS são altamente capacitados e treinados para
realizar o serviço, sendo eles, muitas vezes, vítimas, inclusive, de violência
de usuários abordados. Porém, para realização do trabalho com qualidade é
necessário ter equipes de trabalho, pois o mais capacitado trabalhador não vai
conseguir realizar a atividade que seria de 8, 10 pessoas. Desde 2012 não é
realizado concurso público para completar as vagas existentes na FAS e, diante da
crise econômica a procura pelo atendimento tem crescido sem o necessário
aumento da estrutura.

Os trabalhadores ainda enfrentam condições precárias nos
locais de trabalho muitos com goteiras, infestação de insetos, muquiranas, sem
equipes de limpeza para atender a necessidade existente, além da falta de
equipamentos de proteção individual (EPI) tão importante para segurança dos
trabalhadores neste momento de pandemia da Covid-19. Ainda se soma a crise
hídrica, que deixa locais sem água para higienização dos  usuários e uso dos trabalhadores.

O SISMUC tem feito
denuncias sobre esta falta de estrutura e tem cobrado a gestão para melhores
condições de trabalho, pois a gestão Greca tem feito um trabalho de “maquiagem”, com
espaços para alojamento que parecem arrumados, mas que escondem problemas na estrutura, e tem deixado de lado o
trabalho técnico, em prol da dignidade da pessoa humana.

É preciso valorizar quem está na linha de frente, dando o
melhor de si para atender os mais vulneráveis da sociedade. A assistência
social não pára e merece respeito!

Clique para acessar o vídeo da live

Sobrecarregados, servidores da FAS dizem que abrigos não podem ser “depósitos de pessoas”