Governador volta atrás e retomará aulas antes da vacinação

No último mês de fevereiro, Ratinho Júnior (PSD) anunciou
que o retorno das aulas presenciais na rede estadual só iria acontecer após a
vacinação dos trabalhadores. Com
o fim de abril, mês mais letal da pandemia de Covid-19 no Brasil até o momento,
o governador voltou atrás na promessa e anunciou a retomada parcial das
atividades presenciais sem garantir a vacinação dos trabalhadores.

Diante da notícia, o SISMUC e
SISMMAC repudiam
a decisão do governador ereafirmam a
luta dos servidores municipais da Educação de Curitiba pelo retorno das
atividades presenciais somente após a vacinação!

Apenas 9,81% da população no
Paraná recebeu as duas doses da vacina até o momento. Retomar as aulas
presenciais com uma imunização tão baixa coloca toda a comunidade escolar em
risco, aumenta as chances de um novo pico da pandemia no estado, além de poder
ocasionar o surgimento de novas variantes da Covid-19. A pandemia ainda não
acabou!

O retorno foi comunicado pelo secretário da Educação,
Renato Feder, e pelo secretário da Saúde, Beto Preto, que também informaram que
a vacinação de profissionais da educação da faixa etária de 55 a 59 anos
ocorrerá junto com as pessoas que têm comorbidades. Segundo o anúncio, serão
usadas 32 mil doses de vacina para imunizar os profissionais da educação nesta
semana, mas não foi explicado como será esta vacinação. A divisão das vacinas
entre o grupo de comorbidades e os profissionais da educação não foi autorizada
pelo Ministério da Saúde.

Os planos do governo estadual também parecem não levar em
consideração a grande quantidade de vacinas e o tempo necessário para imunizar
todos os trabalhadores da educação. Segundo o Ministério da Saúde, o Paraná tem
pelo menos 169 mil trabalhadores da área. Já o secretário Beto Preto fala que a
quantidade é maior e ultrapassa 180 mil. A confusão e falta de informações
sobre esses dados tão essenciais demostram que o governador está disposto a
usar estudantes e trabalhadores da educação como cobaias de um experimento que
colocará em risco a vida de milhares de pessoas.

O sistema de ensino para o retorno presencial continuará
híbrido, com retorno das aulas presenciais no dia 10 de maio em 200 escolas no
Paraná, o que representa 10% da rede estadual, e aumentando gradativamente nas
próximas semanas o número de escolas com atendimento presencial . Os
pais deverão assinar um documento autorizando o retorno presencial. Conforme o
Governo do Estado a reabertura vai priorizar municípios onde as escolas
municipais já abriram; escolas com comunidade mais vulnerável; escolas com
menos alunos participando das aulas online.

Retomada de atividades presenciais aumenta o risco
contaminação

Rafael Greca também prometeu, em 2020, retomar as atividades
presenciais somente com a vacinação dos profissionais. Porém, reabriu as
escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) em fevereiro. Em duas semanas, os Sindicatos
receberam denúncias de 64 unidades que tiveram casos confirmados de Covid-19, resultando
em pelo menos 115 profissionais da educação infectados. Em assembleia no
dia 6 de março, os profissionais da educação da rede municipal deflagraram
greve caso a Prefeitura
insistisse no retorno presencial. Em seguida a gestão suspendeu as
atividades presenciais.

Precisamos continuar firmes contra o retorno presencial das
atividades nas escolas e CMEIS enquanto
não houver a vacinação e sem condições adequadas para aplicar as medidas
preventivas, como distanciamento social, ventilação dos ambientes, uso de
equipamentos de proteção individual (EPIs), higienização dos locais e
disponibilidade de álcool em gel. O essencial é a vida!

SISMUC convoca servidores da odontologia para reunião

Atenção, profissionais que atuam na odontologia, convidamos vocês para participarem da reunião, no dia 29 de setembro, às 19 horas, no SISMUC, para tratar das condições de trabalho e da transição da carreira. Esse espaço é fundamental para deliberarmos sobre

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