De forma tardia, governo suspende aulas presenciais em todo o estado

Com o aumento do número de casos no estado do Paraná, o
governo do estado suspendeu nesta sexta-feira (26) o funcionamento das
atividades não essenciais e das atividades nas escolas estaduais e privadas.
Logo depois do pronunciamento, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou
que o município seguirá as medidas do governo, inclusive para a suspensão das
aulas presenciais até o dia 8 de março.

Ao que
tudo indica, a cúpula de gestores do estado, incluindo o desprefeito Rafael
Greca, já sabia das medidas tomadas pelo estado. Ou seja, estavam plenamente
cientes do colapso do sistema de saúde, do crescimento vertiginoso do número de
pacientes internados e na fila de espera para internação e do
agravamento dos óbitos por Covid-19.
Mesmo assim, as aulas presenciais na rede municipal de ensino ocorreram
normalmente na última semana para os trabalhadores da educação, que tiveram
como única orientação um protocolo de segurança impossível de ser cumprido
devido à falta de estrutura, EPIs e a dificuldade de testagem dos trabalhadores
que tiveram contato com casos suspeitos.

Hoje,
sexta-feira (26), os representantes dos trabalhadores foram até a sede da
Prefeitura para cobrar uma conversa com a Secretaria Municipal de Educação
sobre os casos confirmados nas unidades escolares e a necessidade de vacinação
e de testagem para todos que tiveram contato com casos confirmados de Covid-19.

Com a
atual situação não podemos esperar as vontades do desgoverno Greca e por isso,
durante essa semana, os sindicatos SISMUC e SISMMAC reforçaram as ações de
combate a negligência da gestão Greca. Além de orientações para os
profissionais de educação, os Sindicatos também têm realizado um trabalho
constante de coletar as denúncias dos trabalhadores para cobrar a Prefeitura da
suspensão das aulas presenciais e do lockdown para todos. A categoria segue em
estado de Greve e neste sábado os Sindicatos promovem uma live para os pais e
mães entenderem melhor o risco do retorno presencial das aulas.

O aumento do número de casos colapsou a saúde

Em apenas uma semana o número de casos em Curitiba
praticamente dobrou, chegando a mais de 800 infectados na terça-feira (23). E a
situação fica ainda mais difícil quando olhamos para os leitos, na última
quinta-feira (25), até às 11h da manhã, 162 pessoas aguardavam leitos para
internamento na cidade.

A manutenção das aulas presenciais na cidade não influencia
somente a educação, mas também sobrecarrega a saúde. Os trabalhadores têm
sofrido um grande esgotamento e com o sistema de saúde em colapso a sobrecarga
de trabalho é ainda maior. Além disso, com a falta de leitos, muitos podem
morrer aguardando atendimento.

O sistema de saúde colapso e é necessário garantir que os
trabalhadores da saúde consigam realizar sua função da melhor forma possível, garantindo
condições de trabalho adequadas, segurança e reduzindo a circulação de pessoas
nas ruas. Por isso, a suspensão imediata das aulas presenciais salva a vida das
famílias, dos trabalhadores e ajuda o Sistema de Saúde a conseguir suportar a
nova onda.

Continue denunciando!

Mesmo com a suspensão das aulas presenciais, o SISMUC e o
SISMMAC reforçam a orientação para que o resultado dos testes de Covid-19
realizados nesta semana sejam comunicados aos Sindicatos pela WhatsApp da
Educação (41) 99988-2680. Além de continuar denunciando as consequências da
irresponsabilidade da gestão Greca, essas informações continuarão subsidiando
nossa luta para que as aulas permaneçam suspensas até a garantia da vacina!

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