O Ministério Público do Trabalho do Paraná recomendou que a
Prefeitura de Curitiba e o governo do estado do Paraná reavaliem a decisão de
retomar as atividades presenciais nas escolas públicas. De acordo com o MPT, a
exposição dos profissionais de educação e dos estudantes a maior risco de
contágio pela Covid-19 levará a um aumento dos casos e dos óbitos causados pela
doença.
O documento ainda aponta que a única forma de prevenção
efetiva é a vacinação em massa e que como as vacinas ainda não estão
disponíveis para os trabalhadores da educação, essa exposição de profissionais
e alunos com o retorno presencial das aulas fatalmente acarretará o aumento dos
casos, com significativo impacto no sistema de saúde.
Esse é mais um argumento para reivindicarmos a vacinação
para todos o quanto antes! Os trabalhadores da educação precisam ser imunizados
para que as aulas possam ser retomadas sem risco para crianças, famílias e
servidores.
Também é importante ressaltar que os trabalhadores da saúde
estão atuando em ritmo intenso desde o início da pandemia, em março do ano
passado. Com a falta de servidores, a péssima estrutura das unidades e o
aumento da sobrecarga com a pandemia, que já dura quase um ano, o sistema,
amplamente sucateado, pode entrar em colapso com a volta às aulas.
Desde o
início da pandemia o SISMUC e o SISMMAC têm denunciado ao MPT as péssimas
condições de trabalho a que os servidores municipais são expostos. O canal de
denúncia já resultou em série de recomendações à Prefeitura de Curitiba.
Os servidores da educação têm assembleia na próxima semana
para discutir a volta às aulas presenciais e quais serão as ações da categoria
diante de mais essa imposição do governo Greca. Seguimos firmes na luta!