Sem
nenhum motivo que justifique, na manhã desta segunda-feira (14) a Secretaria
Municipal de Educação (SME) desmarcou mais uma reunião que estava pré-agendada
com o SISMUC.
A falta de orientações,
que sejam as mesmas para todos os trabalhadores, tem sido uma prática da SME
durante a pandemia do novo coronavírus. Agora, quase no fim do ano, a
Prefeitura quer forçar os trabalhadores da educação a ficarem nas unidades
escolares até o dia 22 de dezembro, o que tem gerado muitas dúvidas e angústias
dos servidores.
Essa é mais
uma mostra do descaso da gestão com os trabalhadores e da falta de diálogo com
os sindicatos que os representam os trabalhadores. As dúvidas têm permeado o trabalho dos
servidores desde o início da pandemia e mesmo com a insistência do Sindicato que desde junho está tentando
agendar uma reunião, que poderia ser em ambiente virtual, a SME desmarcou todos
os encontros que chegaram a ser marcados. Hoje a SME ficou de avisar sobre uma nova data para reunião. O SISMUC continua cobrando para que a reunião aconteça o quanto antes.
Sem uma orientação clara
sobre os procedimentos de trabalho neste período de pandemia, os servidores têm
recebido orientações diferentes nos locais de trabalho, o que tem gerado muitas
dúvidas. Não há uma orientação padrão que esteja ocorrendo nas diferentes regionais
e, por isso, são inúmeras
questões que afligem os servidores enquanto a SME não houve as reivindicações
da categoria.
Após muitas tentativas,
no final do primeiro trimestre da pandemia houve uma reunião entre o SISMUC e
SME que conseguiu sanar algumas dúvidas, mas diante da continuidade da
pandemia, outras questões surgiram sem que a SME se sensibilizasse para as
questões dos trabalhadores.
Trabalho
presencial no fim do ano letivo
A convocação dos
servidores para trabalho presencial neste final de ano, com a vigência da
bandeira laranja de alerta para Covid-19 gerou mais dúvidas ainda, pois muitos
equipamentos nem escala estão fazendo para promover um rodízio de servidores no
trabalho presencial.
As escolas e CMEIs estão
abertas para matrículas até o dia 18 de dezembro, após essa data os servidores
estarão fazendo plantão presencial nos equipamentos até o dia 22. Mas qual a
necessidade se foram nove meses de trabalho remoto?
O Ministério Público do
Trabalho recomendou que a Prefeitura suspendesse as atividades não essenciais
do serviço público, porém, mesmo assim a atual gestão prefere colocar em risco
os servidores e suas famílias.
Neste período de
pandemia, a entrega de equipamentos de proteção individual (EPIs) também não
aconteceu como deveria, havendo diferença na entrega de EPI conforme a categoria,
apesar de estarem em um mesmo ambiente de trabalho. Em alguns locais, alguns
trabalhadores nem receberam máscaras, por exemplo, enquanto outros sim.
São dúvidas de professores
de educação infantil, auxiliares de servidores escolares e agentes
administrativos da Educação que chegam até o sindicato, sem que a gestão se
sensibilize para a situação.
Não aceitaremos este
descaso! É preciso ouvir os trabalhadores que conhecem a realidade do serviço
na ponta para melhorar o atendimento e adequar as condições de trabalho para os
servidores.