Neste sábado, dia 7
de novembro, haverá um ato contra a cultura do estupro e a misoginia
do judiciário brasileiro. A atividade acontece na Praça Santos
Andrade, às 14h. O SISMUC, o SISMMAC e o SIFAR convocam todos os
servidores a participarem do ato. É importante usar máscara e
manter o distanciamento social para garantir a sua segurança e a dos
demais durante o ato.
A motivação para o
ato foi a indignação causada durante o julgamento do empresário
André de Camargo Aranha, acusado de estupro de vulnerável pela
vítima Mari Ferrer. Ela foi humilhada e ofendida pelo advogado de
defesa e o juiz que julgou o caso não interrompeu a situação em
nenhum momento. André foi absolvido, mostrando que a Justiça tem
lado e não é o lado da vítima.
Infelizmente, esse
não é um caso isolado! A depender ainda da cor da pele e da
condição financeira da vítima, os destratos da justiça e a
exposição à violência são ainda maiores.
Nós não podemos
contar com o judiciário, principalmente, nas questões de violência
contra a mulher e nas questões raciais. O judiciário é um braço
do Estado, que é um Estado burguês. As legislações e os
representantes dessa justiça são, em sua grande maioria, homens
brancos, cis e heterossexuais com um grande poder aquisitivo.
Ou seja, as leis são feitas por esses perfis para defender esse tipo
de pessoa.
E é contra isso que
temos que nos indignar. Não existe estupro sem intenção de
estuprar, o que existe é um sistema que protege homens de uma
determinada classe social e ataca mulheres! Por isso, todos ao ato do
dia 7. Firmes!