Hubert teve a fiação roubada seis vezes. Os roubos prejudicam a estrutura e
funcionamento da escola, faz com que a unidade fique sem luz durante as aulas e
deixa a comunidade escolar abalada com a falta de segurança.
De acordo com a escola, a Prefeitura tem feito a reposição
dos materiais. No entanto, somente remediar a situação não vai resolver o
problema. Os funcionários denunciam também que a empresa de segurança que
atende os equipamentos públicos, a G5, não faz rondas efetivas e não promoveu
as medidas preventivas necessárias para evitar os roubos. Procurada pela
escola, a empresa respondeu apenas que não é responsável pela parte externa
da unidade. Isso evidencia a precarização do serviço terceirizado, que
não consegue atender e proteger a comunidade de forma adequada.
Outra denúncia é que a Prefeitura tem a intenção de abrir
turmas integrais na escola. Os profissionais da EM Professor Francisco Hubert
alegam que a unidade, além de estar prejudicada pelos constantes roubos, também
sobre com a defasagem no quadro de funcionários. Segundo o relato, faltam
auxiliares administrativos, inspetores e RITs para atender os alunos. O
descaso a administração municipal é tão grande que, mesmo diante de tantos
problemas, a Prefeitura não pensa duas vezes antes de aumentar ainda mais a
demanda na escola.
As mães e os pais dos alunos estão aflitos com os roubos etambém frustrados com a falta de uma resposta concreta da Prefeitura. Jordana Arnas, que faz parte do Conselho de Pais e Professores da escola, afirma que toda a comunidade é afetada pela situação “O sentimento é de revolta por causa do completo descaso com a estrutura da escola. A empresa privada não protege a unidade e cabe a nós, moradores, a tomar conta do patrimônio. Um absurdo”, diz.
Outro pai comenta que a educação das crianças é muito
prejudicada “Tudo o que os pais querem é que os filhos tenham um estudo de
qualidade, mas como isso é possível em um ambiente muitas vezes sem luz e sem
segurança?”. A reivindicação dos pais e professores é que a administração
providencie de fato guardas municipais para garantir a segurança da escola não
apenas durante a reposição de materiais, mas por um longo período até que a
situação dos roubos acabe.
A direção do SISMUC entende que a
situação da EM Professor Francisco Hubert também acontece em muitos outros
locais como, escolas, unidades de saúde, unidades de atendimento da FAS, entre
outros. A segurança, assim como a contratação de profissionais tem sido pauta
constante dos servidores. No entanto, a administração não vem se comprometendo
em atender as demandas do funcionalismo público, tornando-se diretamente
responsável pela piora na realidade do serviço público.