Coletivos da FAS, Saúde e Fiscais expõem a falta de condições de trabalho dos servidores

Durante este mês de setembro as diferentes categorias de servidores públicos
municipais se reuniram em coletivos na sede do SISMUC para debater a data-base,
o reajuste salarial, a manutenção do auxílio-transporte e as ações para barrar
a terceirização do serviço público. A falta de condições para realização do
trabalho com qualidade e as ações de assédio contra os servidores foram temas
trazidos pelas categorias para o sindicato. A paralisação de atividades foi
proposta por diferentes categorias.

As reuniões tiveram início no último dia 9 de setembro com o
coletivo da Saúde. Na ocasião foi deliberada a realização de uma assembleia
dos agentes de combate de endemias, para discutir a deflagração de uma greve.
Conforme os servidores, a situação da categoria está insustentável com condições
precárias para realização da atividade. Os agentes reivindicam o pagamento de gratificação
por insalubridade, risco social, risco de vida e psicossocial entre outras
questões. A falta de insumos para realizar os procedimentos também foi mais uma
vez denunciada por trabalhadores da Saúde, assim como a ameaça de terceirização
das UPAs Cajuru, Boa Vista e Sítio Cercado. Sobre a terceirização, a categoria
irá debater as ações durante assembleia geral no próximo dia 25 de setembro, e planeja um ato no próximo dia 30.

Nos coletivos da FAS, que debateu as dificuldades no
atendimento especial e básico, foi encaminhada uma proposta para realização de
um seminário com objetivo de discutir a situação dos abrigos abertos. A falta
de pessoal para o atendimento, de regras para uso de celulares e para ministrar
medicamentos nos usuários também estão afetando o trabalho dos servidores. Foi
encaminhada a solicitação para presença de guarda municipal 24 horas nos
equipamentos de alta complexidade, pois os abrigos têm recebido ex-detentos e pessoas
com perfis de psicopatia e esquizofrenia que não deveriam estar nestes espaços, entre outros problemas relatados.

Durante o coletivo dos fiscais, os trabalhadores da Limpeza
Pública declararam que pretendem entrar em greve. A categoria luta para receber
gratificação de risco pela atividade, antiga reivindicação que a Prefeitura não
reconhece como direito. O sindicato vai intermediar uma mesa de negociação
junto à administração municipal e mobilizar os demais fiscais. Outros
encaminhamentos tirados foram sobre a realização de curso de formação, uma vez
que a Prefeitura não oferece, para os fiscais preencherem os diferentes autos e
formulários, e a definição de um modelo de distintivo para identificar os fiscais.

Com relação aos coletivos dos servidores da SMELJ e FCC houve
pouca participação, devido ao desmonte promovido por diferentes gestões que não
valorizam as carreiras específicas das duas secretarias. Atualmente FCC e SMELJ
contam com grande número de servidores terceirizados ou emprestados de outras
secretarias.

Na próxima quarta-feira (25) vamos realizar uma
assembleia conjunta dos servidores municipais, às 18h30 na sede do SISMUC. Participe
e chame seus colegas de trabalho!. A união faz a força e juntos enfrentaremos
os ataques mostrando nossa indignação e construiremos uma grande Campanha de
Lutas 2019 em defesa da data-base e dos serviços públicos.