Greve geral foi fundamental para impedir aprovação da Reforma da Previdência em 2017

A insatisfação com a Reforma da Previdência de Temer levou milhões de trabalhadores às ruas nos dias 15 de março e 28 de abril de 2017. A força dessas mobilizações pressionou os deputados e foi fundamental para impedir que o governo alcançasse os 308 votos necessários para aprovação da Reforma.

O dia 28 de abril entrou para a história da classe trabalhadora brasileira. Mais de 40 milhões de trabalhadoras e trabalhadores cruzaram os braços e pararam a produção e circulação de mercadorias. Linhas de metrô, ônibus e trens não circularam, estradas e avenidas foram bloqueadas em protesto.
O caminho trilhado para construção da Greve Geral em 2017 mostrou que com união e luta é possível derrotar os ataques de governos e patrões. Mas esse movimento também mostrou que não é possível alcançar todas as reivindicações em um só dia, que é preciso seguir firme na luta até o fim, com independência frente aos patrões e governos.

Ao ver a força da mobilização do dia 28 de abril de 2017, o governo Temer chamou as centrais sindicais para uma falsa negociação. Iludidas com essa manobra do governo, as centrais sindicais pelegas abandonaram a mobilização e sentaram para negociar com o governo a Reforma Trabalhista, que foi aprovada em julho de 2017.
Para que os erros de 2017 não se repitam, é preciso que a luta siga firme antes e depois do dia 14 de junho. Os atos e mobilizações devem continuar até que o governo, o congresso e os empresários desistam de aprovar a Reforma da Previdência, recuem nos cortes na educação e nos ataques aos direitos dos trabalhadores.