População protesta contra fechamento da ESF

Moradores da região de atendimento de cinco unidades de saúde
– Bom Pastor, Sagrado Coração, Corcórdia, Santos Andrade e Maria Angélica -,
reuniram-se no final da tarde de hoje (25) na frente do edifício da Secretaria
de Saúde. O objetivo? questionar a tentativa de redução e cortes que atingem o
programa Estratégia em Saúde da Família (ESF).

Como
as próprias lideranças de bairro e usuários do programa afirmam, a ideia é
fazer “pressão e protesto” para abrir negociação com a prefeitura de Curitiba,
uma vez que até o momento não houve espaço de discussão sobre o tema com a
gestão.

Os moradores não aceitam o argumento oficial de que o ESF
seria desnecessário nessas cinco regiões, que já apresentam bons índices de
prevenção de doenças.

“É um direito que nós temos adquirido. Um programa que nós
temos há mais de 20 anos em nossa comunidade. A prefeitura afirma querer transferir para outra unidade com menos recurso que a nossa.
Não somos contra que as outras tenham. É um plano que dá tão certo que deveria
ser expandido ao país inteiro”, afirma Angelita, massoterapeuta, usuária da
unidade de saúde Santos Andrade.

Para eles, o ESF é justamente o que garante a qualidade em
saúde, a partir do atendimento e da atenção do médico da família e equipe às
comunidades.

Zilda Aparecida vive na comunidade Vila Acordes, no bairro
Pinheirinho, há 42 anos e afirma que é usuária do ESF desde o início. “Está
começando a faltar ao povo consulta, exames, estamos revoltados com a troca de
médico da unidade”, descreve.

Sismuc apoia a luta 

A direção do Sismuc está presente em cada passo dessa luta. “O Sismuc defende a manutenção da estratégia com os atuais servidores, que são os que construíram esses índices com a comunidade. Um serviço elogiado não pode ser descartado dessa maneira pela gestão”, afirma Irene Rodrigues, coordenadora-geral do Sismuc.