Municipais levam campanha de lutas às ruas de Curitiba

“- Eu também quero o meu jornal!”

Essa frase foi muito comum na manhã de hoje (22), no centro e
nos bairros de Curitiba, dita por jovens, ambulantes, trabalhadoras, idosos, e,
em especial, por servidores do município.

Hoje foi uma manhã ensolarada na qual os servidores
municipais divulgaram sua campanha de lutas, “Mexeu com você, mexeu comigo”, na
capa do jornal tabloide Brasil de Fato Paraná.

Com distribuição gratuita, a edição de número 70 chegou às
ruas da capital com 25 mil exemplares, e mais 10 mil distribuídos no interior
do estado, somando ao todo 35 mil exemplares no Paraná. Tratam-se de 15 mil periódicos
a mais que a tiragem padrão, de 20 mil semanais.

O aumento do número de exemplares nesta semana é resultado da
parceria do Brasil de Fato com o Sismuc, que lançou a campanha de
negociação coletiva da categoria com um anúncio na capa e na página 2.

“Chegamos a todas as regiões, com jornalismo voltado às pautas dos trabalhadores e trabalhadoras. E o anúncio do Sismuc converge neste mesmo sentido, por ser publicidade de interesse público, preocupada em informar e mobilizar a categoria dos servidores para a luta legítima por direitos”, explica Ednubia Ghisi, editora do Brasil de Fato
Paraná.

Sismuc na vanguarda

Com a distribuição de 25 mil jornal em Curitiba, foi também ultrapassado
o alcance do maior jornal gratuito de circulação da capital, que hoje tem
tiragem de 24 mil nas quintas-feiras. Trata-se, então, de um número inédito
para um jornal alternativo e dos trabalhadores.

“O Sismuc optou em fazer o lançamento da nossa campanha de
lutas em um veículo de grande circulação, como é hoje o Brasil de Fato Paraná.
Era um desejo antigo da categoria, entendendo que queremos nossa campanha hoje
nas mãos do povo trabalhador, denunciando a má administração do prefeito Greca”,
explica Soraya Cristina, da coordenação do Sismuc.

Circulação nos locais
de trabalho

A parceira com o Sismuc aponta a credibilidade do jornal com
a população curitibana e paranaense. O Brasil de Fato Paraná está há dois anos
circulando em 26 cidades do Paraná. Na capital, geralmente, o jornal circula
com oito distribuidores no centro, bem como em associações de bairro no Xaxim,
Sabará (CIC) e Fazendinha.

Agora, com a parceria, o jornal esteve presente por toda a Curitiba:
em uma manhã, 18 distribuidores levaram as páginas com as lutas dos
trabalhadores até os seguintes locais:

Cmei Nice Braga, UPA e Rua da Cidadania Fazendinha, Instituto
Curitiba de Saúde (ICS); terminal e Rua da Cidadania do Carmo; UPA e Rua da
Cidadania do Fazendinha; UPA Pinheirinho; UPA Sitio Cercado; UPA Boa Vista e UPA
Cajuru – além dos pontos no centro da cidade (Rui Barbosa, Boca Maldita, Santos
Andrade, Carlos Gomes, Guadalupe).

“Mais do que a
entrega, o que diferencia o nosso trabalho é a qualidade da distribuição do
jornal, porque a nossa equipe é profissional e ao mesmo tempo composta de jovens
militantes, que têm energia para debater a situação do país e da cidade com a
população”, afirma Clara Lume, responsável pela distribuição do jornal.

Campanha

No mesmo dia, à noite, às 19h, na sede do Sismuc, assembleia dos
servidores lança a campanha de lutas “Mexeu com você, mexeu comigo”, que será
protocolada no dia 7 de março, às 16h, na sede da prefeitura.

“Tanto servidores como trabalhadores da iniciativa privada
estão sofrendo os mesmos problemas, vindos da elite dominante do país. Temos que
pensar na unidade da classe trabalhadora, não somos diferenciados do ponto de
vista de classe. Somos todos trabalhadores”, ressalta Irene Rodrigues,
coordenadora-geral do Sismuc.

Esta experiência inédita e pioneira pode servir de exemplo para
o restante do sindicalismo. Gerando, em tempos de perdas de direitos, um mídia
democrática, popular, preocupada com o direito daqueles que trabalham.

“Espero que essa experiência seja repetida e que outras
entidades sindicais e sociais ultrapassem a barreira do discurso e coloquem a
comunicação na centralidade de seus investimentos”, provoca o editor e
jornalista do Sismuc, Manoel Ramires.

Galeria de fotos Brasil de Fato/Sismuc