Semana de Estudos Pedagógicos falha na estrutura para os servidores

Professores de educação infantil, trabalhadores de escola e
professores municipais participam da Semana de Estudos Pedagógicos (SEP) munidos
de sombrinha, água e protetor solar – só que levados por conta própria.

Isso porque a Ópera de Arame, local escolhido para o
encontro, recebe iluminação direta e a Prefeitura, por sua vez, não
providenciou itens para dar mais conforto aos servidores. Ou tentar outro local para o encontro de formação. 

Em nota da assessoria de imprensa, a Prefeitura justifica a alocação para o
espaço pela sua gratuidade frente à “dívida herdada, de R$ 1,2 bilhão”. Ainda de acordo com nota oficial, a SEP “estava prevista
para acontecer em quatro locais diferentes, todos particulares, que
representariam um custo de R$ 135 mil aos cofres públicos”, diz trecho da nota.

Nas redes sociais, há postagens com fotos de servidores
relatando queimaduras na pele ocasionada pelo sol.

De acordo com fotos e relatos, o centro do auditório, local de maior luminosidade, formava-se uma “estufa”
de calor e o espaço fica vazio, enquanto os trabalhadores se aglutinavam nos cantos, onde havia alguma sombra.

Há reclamações inclusive para ver o telão de apresentação,
informa Soraya Cristina, professora de educação infantil e integrante da
coordenação do Sismuc, assim como relatos de problemas no método pedagógico do
encontro. Ela acrescenta:

“Hoje (dia 8) por exemplo, o encontro ocorreu em dois
períodos, de manhã e a tarde, com diferentes regionais, comportando mais de 400
servidores no local”, relata.

Sobre os impactos do espaço, a gestão justifica, na mesma
nota: “Os professores tiveram oportunidade de escolher o período em que
participariam da SEP (manhã, tarde ou noite). A maioria preferiu pela manhã e
tarde, com uma adesão modesta no turno da noite, onde as palestras aconteceram
no Centro de Desenvolvimento da rua Dr. Faivre”, descreve o texto.

A SEP vai até sexta-feira (10). 

Trabalhadores da Educação repudiam invisibilidade

Trabalhadores e funcionários de escola, por sua vez, relatam que o segmento não é citado nas mesas de debate.

“Além disso, segmentos como trabalhadores de escola sofrem pela invisibilidade, porque não são citados em nenhum momento nos debates”, critica Rosimeire Aparecida Barbieri, diretora do Sismuc e trabalhadora de escola.

A SEP vai até sexta-feira (dia 10).

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