Funcionalismo é alvo de ajustes e violência

Professor Luiz Carlos Paixão, da rede estadual, apontou, na
mesa de conjuntura da manhã, a ausência de concurso público e a destruição de carreiras
no serviço público, tanto em nível nacional, como em nível estadual. 

Paixão aponta a característica do atual governo estadual de
aplicar o ajuste fiscal e ao mesmo tempo a violência. O professor apontou os
atuais ataques do governo de Beto Richa (PSDB) contra a relação com o sindicato (APP Sindicato) e fez um paralelo com o governo Jaime Lerner (2001), que chegou até a impedir o desconto da mensalidade sindical em folha.

Richa e o controle da Assembleia Legislativa 

Esta postura do governador não é à toa. Está calcada na
maioria submissa conquistada na Assembleia Legislativa. “Temos pouquíssimos deputados que
fazem oposição à Richa, que conta com apoio do Judiciário e do grande
empresariado do Paraná”, analisa.

Esta análise tem como resumo o episódio trágico
do dia 29 de abril de 2015, quando várias categorias de servidores, organizadas
em frente ao Palácio Iguaçu contra o uso de recursos da previdência estadual. A
intransigência do governo foi marcada por violência. “Não foi só uma violência
física, mas uma violência moral, marcada até hoje na alma do servidor público”,
coloca.