Sismuc repudia agressão contra auxiliar de enfermagem

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba
(Sismuc) foi hoje (7) até a Unidade de Saúde (US) Bairro Alto, onde ocorreu a
tentativa de estrangulamento de uma auxiliar de enfermagem por parte do marido de uma usuária. A servidora está neste momento afastada, em
Licença para Tratamento de Saúde (LTS).

O caso de violência contra a trabalhadora não teve qualquer motivação.
De acordo com relatos locais, a servidora cumpriu o procedimento normal de
atendimento: não aceitou a receita emitida por médico particular, uma vez que
os medicamentos são dirigidos a pacientes do SUS. Porém, encaminhou a usuária
para uma consulta na própria US, a partir da qual poderia retirar o medicamento
necessário.

“Foi uma atitude desmedida sobre uma mulher trabalhadora, por
uma pessoa que não teve a capacidade de ouvir (qual era o procedimento)”,
desabafa Léia Regina da Silva, diretora do Distrito Sanitário.

O Sismuc colocou-se à disposição de qualquer necessidade da
enfermeira, incluindo assistência jurídica. A entidade repudiou a agressão de
corte machista contra a servidora e reafirmou a pauta de valorização dos
profissionais da enfermagem, “o que na prática se dá via concurso público, com mais
contratações, condições de trabalho e segurança para o profissional”, resume Giuliano Gomes, coordenador do Sismuc. 

Na mesma tarde, em entrevista a emissoras de televisão, Gomes recordou que outros casos de violência
em UPAS e US se devem à sobrecarga e falta de profissionais. Elencou também situações em que equipamentos estão sobrecarregados devido à paralisação de obras para novas
unidades.