Fruet reduz efetivo da Guarda Municipal no Natal

Muita gente nas ruas fazendo compras e poucos guardas
municipais garantindo a segurança dos curitibanos. Essa tem sido a realidade no
fim de ano, desde que a Prefeitura de Curitiba baixou o Decreto 888/2015. Essa
resolução mudou a jornada de trabalho dos guardas municipais, restringindo as
horas extras. Segundo a Prefeitura, essa “medida é necessária para enfrentar a
crise financeira, com queda de receitas e de transferências do Estado e da
União”. Contudo, com a mudança nas escalas, o efetivo é drasticamente diminuído.

O Sismuc obteve com exclusividade registros de mudança de
escalas dos dias 26 de novembro, 2, 8 e 15 de dezembro, que reduzem o efetivo. Segundo
informam os trabalhadores, em alguns postos chegam a “faltar” oito guardas.
Outro efeito negativo da restrição nas escalas e proibição das horas extras é
que viaturas ficam paradas na sede da GMC, uma vez que não tem equipes para
fazer ronda ostensiva.

 

Para o sindicato, a economia da gestão Gustavo Fruet coloca
em risco a população, principalmente em um período que mais pessoas e dinheiro circulam
nas ruas e no comércio. “Não somos contra a regulamentação de jornada. Ela é
importante para o guarda. Contudo, se ela não é acompanhada da entrada de novos
profissionais para melhorar o atendimento à população, todos perdem. Perde o
povo que fica inseguro, perde a Guarda que não recebe pela jornada
extraordinária nem pelo descanso semanal remunerado”, alerta Irene Rodrigues,
coordenadora geral do Sismuc.

A Prefeitura de Curitiba abriu concurso para 400 novos
guardas. Contudo, ainda não houve nomeação. A última etapa realizada foi “a avaliação
psicológica aplicada para os 800 primeiros classificados como aptos na prova de
aptidão física”. Isso no começo de dezembro. “Para a gente, enquanto isso a
Prefeitura faz economia e desasiste a população. Há uma falsa impressão de
segurança, uma vez que tem muitas câmeras pela cidade, mais poucos
profissionais fazendo o monitoramento, como nos contaram os profissionais”,
revela Irene.

Cobrança

O Sismuc encaminhou o 0296/2015 ao prefeito Gustavo Fruet em
22 de dezembro. No documento, o sindicato cobra que ele garanta a segurança da
população e dê condições de trabalho para os guardas municipais. “Há informação
de que teriam oito viaturas paradas por falta de profissionais e também chega a
notícia ao sindicato que o setor de monitoramento das câmeras da região central
localizado na Praça Osório estaria sem operadores para acompanhar as
movimentações no centro da cidade”, expõe o ofício.

O pedido de explicação termina com um pedido em defesa do
povo: “Em respeito à população de Curitiba, solicitamos informações e
providências para que tais fatos não ocorram ou venham ocorrer”.

Em respeito à população de Curitiba, solicitamos informações e providências para que tais fatos não ocorram ou venham ocorrer

Pedido de Informação da Defesa Social