Proposta da PMC não supre demanda de contratações em cmeis

A reunião entre a Prefeitura
Municipal de Curitiba (PMC) e os professores da Educação Infantil, sobre o dimensionamento nos cmeis, não chega a proposta capaz de suprir a grande demanda por profissionais para atendimento. 

De acordo com a direção do Sismuc, a PMC não apresentou nenhum dado de contratação além dos profissionais que regressam da reabilitação. 

Realizada na manhã de hoje (24), a reunião contou com a
presença do superintendente da Secretaria de Recursos Humanos (RH), Aurélio
Zito Schwartz Nicoladeli, a chefe de Departamento de Educação Infantil, ao lado
de integrantes do Recursos Humanos e do RH da Educação.

Em debate, a proposta do Sismuc de dimensionamento, com a exigência
de contratação de 1400 trabalhadores para dar conta da enorme demanda de
atendimento nos cmeis. Deste número, é urgente a contratação de 500 servidores
de forma imediata.

Não cumprimento

“No final da greve de 2014, a gestão comprometeu-se em
contratar 1064 professores da educação infantil, o necessário para dar
condições à hora-atividade de 33%. Mas não foi cumprido este acordo”, afirma
Juliana Mildemberg, coordenadora do Sismuc.

Com isso, segue parada a fila de espera dos trabalhadores aguardando o
chamado do concurso. Em que pese o reconhecimento por parte da
gestão sobre o problema, e de que o 33% de hora-atividade seria alcançado de
forma “gradativa”, a avaliação do Sismuc é de que não houve proposta para
suprir a falta de quadro profissional.

Não dá conta

A tabela apresentada pela PMC ao Sismuc, na avaliação da
direção, é insuficiente no que se refere à oferta de novos profissionais. O único número apresentado pela gestão refere-se aos profissionais em  retorno da reabilitação. 

Cerca de 200 pessoas estão em reabilitação e
laudo restritivo, em processo de regresso para dentro das unidades. Porém, muitos apresentam lesões físicas permanentes, podendo ser afastados futuramente.“Isso não dá
conta da demanda e o número não alcança o necessário dentro dos cmeis”,
completa Juliana.

Ações práticas

Caso este quadro não mude, o sindicato deve acionar o Ministério Público do Paraná, alertando o órgão para o risco à
segurança a que as crianças estão expostas.

Ao lado disso, o Sismuc vai orientar professores a seguir
procedimentos padrões de atendimento, nos quais, por exemplo, o servidor não receba e entregue
duas turmas.

A partir de segunda-feira (28), estará disponível no Sismuc a “Carta à População”, explicando o chamado “descaso”
da gestão Fruet em relação aos cmeis. É fundamental que os representantes passem na sede do sindicato para retirar o material. 

“A falta de tempo para preparação das atividades e estudo do
profissional leva ao desgaste físico e emocional, o que resulta numa educação
insuficiente em vista daquilo desejado e sonhado por todos nós”, afirma o
documento.

“No final da greve de 2014, a gestão comprometeu-se em contratar 1064 professores da educação infantil, o necessário para dar condições à hora-atividade de 33%. Mas não foi cumprido este acordo”.