Sismuc propõe três emendas ao projeto do reajuste salarial

O Sismuc vai propor três emendas ao Projeto de Lei que trata
da data-base dos servidores municipais. Eles propõem reajuste salarial maior do
que foi estipulado por Gustavo Fruet e correção dos calotes promovidos pela
gestão em 2014. O sindicato critica a manobra da gestão com relação a inflação
e ainda critica o envio do projeto ao Legislativo sem debate sobre a
contraproposta.

Das três emendas, uma trata da elevação do índice de
reajuste para 12%, conforme foi aprovado em assembleia da categoria. Este
percentual foi calculado com base no aumento médio das receitas do município com
o aumento de impostos e o aumento para os prestadores de serviço e
terceirizados, como no caso do contrato com a Cavo.

Outra emenda discute o abono dos quatro dias de greve dos
profissionais da educação no ano passado. A gestão Fruet se negou a negociar e
ainda descumpre, na totalidade, o compromisso que levou ao termino do
movimento, que era o Plano de Cargos Carreira e Vencimento (ainda não
regulamentado), reajuste na tabela salarial de 9,88%, conferindo a isonomia com
o magistério e a regulamentação da aposentadoria especial.

A terceira emenda que o sindicato vai discutir nas comissões
com os vereadores é o abono de falta da greve da saúde. Essa paralisação só
ocorreu devido à Prefeitura descumprir a Lei 14442/2014, que tratava da Data-base.

Faltou diálogo

O Sismuc critica o envio do projeto à Câmara sem amplo
debate com os servidores e ainda o desrespeito à data-base. “É a primeira vez,
desde 2005, que a gestão municipal não cumpre a data-base dos servidores. Mesmo
alegando que pagará de forma retroativa, muitos servidores já se planejaram
para o reajuste neste mês”, critica a coordenadora do Sismuc, Irene Rodrigues.

Irene também critica a manobra econômica da Prefeitura, que
alega conceder ganho real aos trabalhadores. “Nada disso está acontecendo. O
projeto enviado à Câmara Municipal se baseia no orçamento da LOA (Lei
Orçamentária Anual). O problema é que ela trabalhou com um estimativa e a
realidade é de uma inflação muito maior”, critica. A própria gestão, em mesa com os sindicatos no
dia 31 de março admitiu seu erro nos cálculos e que não haveria ganho real
(veja ata)”, recorda.

Pressão

Servidores devem participar do debate da data-base. Nesta
quinta-feira, o projeto é avaliado nas comissões de serviço público, economia e
legislação. Na segunda (27), o projeto pode ser votado em plenário a partir das
09h00. É importante que os servidores vejam como votam cada vereador.