Sindicato vai recorrer de decisão contrária aos professores de educação infantil

O Sismuc vai recorrer ao STF contra decisão da 5a Câmara
Civil que manteve a ilegalidade da 2a greve dos atuais professores de educação
infantil. A justiça entendeu que os trabalhadores respeitaram o preceito legal,
contudo, optou pelo argumento da gestão de que as negociações não haviam sido
encerradas. Com a decisão, a discussão sobre os dias parados deve ser
encaminhada para a outra instância.

Além de recorrer ao Superior Tribunal Federal, o Sismuc
também vai buscar via negociais com a Prefeitura de Curitiba. Os descontos dos
dias parados é um dos itens da pauta específica da campanha de lutas 2015. Para
o sindicato, a greve ocorreu justamente porque a Prefeitura não tinha proposta
concreta para os trabalhadores, como conta a coordenadora geral Ana Paula
Cozzolino: “Quem viveu intensamente aquele momento de greve sabe que a
Prefeitura marcava reuniões para não apresentar nenhuma proposta. Lamentamos
que essa etapa judicial tenha sido contra os trabalhadores, mas temos a
expectativa que iremos reverter essa decisão em instâncias maiores”,
direciona.

Entenda o caso

Os educadores (atuais professores de educação infantil)
retomaram a greve em março após frustrarem as negociações sobre a redução de
jornada, cumprimento da hora atividade e ampliação para 33% e a contratação de
mais servidores públicos. A definição da formação de um grupo de estudos e de
propostas da Secretaria de Educação havia sido condição fundamental para
suspender a greve em novembro de 2013. No entanto, em meados de março, o
governo Fruet tentava estender até o período da Copa do Mundo o calendário de
negociações, período em que greves poderiam ser impedidas. A Prefeitura de
Curitiba, ao invés de intensificar receber os trabalhadores, preferiu ir à
justiça e pedir liminar julgando a greve ilegal no segundo dia de paralisação,
mesmo assim, em assembleia da categoria, foi definido pela continuidade do
movimento.

Coletivo de
Professores de educação infantil

No próximo dia 18 de
fevereiro o coletivo se reúne. Além de discutir a decisão judicial, os
trabalhadores planejam mobilizações e ações.