A Assembleia dos servidores da Fundação de Ação Social (FAS) foi um momento de organização do segmento para mobilizações futuras. Ficaram definidas hoje (15) ações voltadas à sociedade e aos locais de trabalho. “Vamos ter que acordar as pessoas”, exclama Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral do Sismuc.
Um ato ficou apontado para o dia 10 de maio na Boca Maldita, junto à coletiva de imprensa, materiais voltados à sociedade, pressão sobre os vereadores, entre outras tarefas elencadas.
No início da assembleia foi feito um repasse das negociações gerais dos servidores com a Prefeitura Municipal.
No repasse da pauta do segmento, a coordenação do Sismuc reivindica resposta para o ofício enviado pelo sindicato para a gestão sobre a possibilidade de extensão da gratificação de 30% a todos servidores. “Queremos um cumprimento imediato da Lei. E não escalonado”, afirma Everson Schiessel, da coordenação do Sismuc.
Encaminhamentos
As principais ações definidas em assembleia são o ato indicado para o dia 10 de maio, sábado, na Boca Maldita, centro de Curitiba.
Foi também encaminhado em assembleia a organização de uma entrevista coletiva ao lado de outros sindicatos municipais para cobrar pendências da gestão municipal e denunciar práticas contrárias aos servidores.
“Queremos refletir sobre a necessidade da liberdade sindical, a partir do fato de que o sindicato é o representante legal dos servidores nas negociações. Isso deve ser respeitado. Caso contrário, é prática antisindical”, reflete Cathia Regina de Almeida, da coordenação do Sismuc.
Pressão sobre a Câmara de Vereadores
A avaliação é de que a pressão sobre os vereadores é necessária para garantir melhorias favoráveis aos servidores e na tentativa de abrir um canal de diálogo junto à gestão.
O texto do documento entregue a 28 vereadores, elaborado pelos representantes da FAS eleitos pelo sindicato, contém a reivindicação sobre a necessidade de extensão da gratificação de 30% a todos os servidores da FAS, de acordo com a Lei Orgânica Municipal 13776/2011.
“Fomos bem atendidos, os vereadores assinaram e se comprometeram a dar o retorno por meio de uma reunião, discutindo sobre a reivindicação sindical”, afirma integrante da comissão de negociação dos trabalhadores da FAS.
Avaliação de perfil dos servidores
Os servidores mostraram insatisfação durante a assembleia com a avaliação de perfil do funcionário que a Fundação pretende promover entre os quadros contratados. A avaliação dos servidores vem no sentido de que o perfil de atuação em alta, média ou baixa complexidade não pode ser definido a apenas partir de um exame médico, por exemplo.
Alguns servidores posicionaram-se em assembleia sobre este ponto de pauta:
– “Depois de dez a quinze anos entrando em mocós sem proteção, quem vai dizer se eu tenho perfil ou não para atuar”?, afirma uma servidora em assembleia.
– “Temos que ser contra essa proposta de perfil, porque certamente será feito de acordo com a orientação da Prefeitura e contra o interesse dos trabalhadores”, complementa.
Na avaliação da coordenação do Sismuc, o perfil pode abrir espaço para possíveis práticas de assédio moral, daí a necessidade de resposta oficial da Fundação ao Sismuc sobre suas medidas.


