A paciência dos servidores das unidades de pronto atendimento de Curitiba chegou ao fim. Na assembleia desta segunda-feira (16), foi aprovado um indicativo de greve para o dia 7 de outubro. Antes, no dia 3, será realizada uma nova assembleia para organizar a mobilização. A reivindicação principal diz respeito à escala de trabalho nas unidades. Os trabalhadores defendem a escala de 12h/60h, que, segundo os próprios, garante mais qualidade de vida aos servidores e melhor atendimento aos pacientes. A escala de 4/2 dias, oferecida pela Prefeitura, é veementemente rejeitada.
As negociações sobre esta questão têm sido feitas desde o ano passado, mas não há avanços. A administração municipal insiste em negar a escala 12h/60h para todos os trabalhadores, mesmo que no período noturno seja essa a forma de trabalho adotada.
“Esse indicativo mostra que os trabalhadores estão mobilizados em busca de um objetivo. Eles não abrem mão da escala 12h/60h e continuarão lutando por isso”, afirma Diana Guérios, coordenadora do Sismuc e uma das responsáveis pelo coletivo da saúde no sindicato.
Em reunião na manhã desta segunda-feira (16), os argumentos dos dois lados foram novamente colocados na mesa, mas não houve nenhum avanço. A administração argumentou que com a escala de 12h/60h seria aumentado o uso de horas extras e DSR’s. O argumento foi rebatido, pois um estudo realizado pelo Sismuc mostrou que com 54 trabalhadores por upa, não seriam geradas horas extras e DSR’s. Mesmo assim, a escala foi rejeitada pela Prefeitura.
Dia 30, 1 e 2
A assembleia organizou também a paralisação do dia 30, aprovada na última assembleia geral da saúde. Neste dia, todas as unidades de saúde da cidade irão atrasar em meia hora a entrada e aproveitar este tempo para manter um diálogo com a população sobre a atual situação da saúde em Curitiba. Além da escala, a paralisação é pela incorporação do IDQ e a gratificação para o SUEC. Nas upa’s, a paralisação de meia hora será nos dias 30, 1 e 2, abrangendo todas as equipes.
