Sem acordo, excluídos buscam conciliação em 2013

Sindicato envia ofício no dia 2 de janeiro para discutir com nova gestão a manutenção do crescimento dos trabalhadores.

O ano acaba e uma nova página deve ser virada pelos excluídos das 30 horas. É a conclusão tomada após coletivo extraordinário realizado na noite de quinta-feira (13). A negociação sobre os dias 74 parados deve mesmo ocorrer na gestão Gustavo Fruet. O desembargador Guido Döebbelli considerou que, por ter sido caçada a liminar do sindicato que pedia que não houvesse desconto, os servidores devem discutir na conciliação os impactos das “faltas” no crescimento e na vida funcional.

Em virtude disso, o Sismuc tentará marcar uma audiência de conciliação em 2013 para evitar ou minimizar o impacto na vida dos trabalhadores. Cabe ressaltar que durante a conciliação não se debate às 30 horas, mas apenas a questão burocrática da greve. 


Para Alessandra Cláudia Oliveira, coordenadora de políticas da CUT-PR (Central Única dos Trabalhadores), o que não pode ocorrer é os trabalhadores serem duplamente punidos por causa da incompetência da gestão Ducci: “Nós vamos pedir agenda com a nova gestão buscando a negociação para esses trabalhadores. Eles não têm às 30 horas, ficaram 74 dias na rua em busca de igualdade e ainda vão ficar sem crescimento? Não é assim que se administra a cidade”, criticou.


No dia 2 de janeiro o sindicato encaminha ofício à gestão Gustavo Fruet com intuito de discutir as greves. Segundo Marcela Bomfim, coordenadora de comunicação, existem diversos entendimentos sobre as greves em Curitiba e é necessário posicionamentos mais padronizados: “Existem diversas greves com entendimento diferente. Assim, a decisão de uma greve quanto a vida funcional, por exemplo, pode interferir na decisão de outra. O que precisamos é formatar esse entendimento”, defende.


Após a definição da mesa de conciliação o Sismuc deve convocar os excluídos para uma assembleia em que os trabalhadores deverão discutir a proposta feita pela Prefeitura e pelo sindicato para que não ocorra ou que seja minimizado o impacto funcional.