Cerca de 135 delegados sindicais representando servidores de pelo menos 18 categorias da base da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) em todo o Brasil aprovaram o fim da greve. O acordo que prevê reajuste de 15,5% foi deliberado no último dia 27.
Em greve desde o dia 18 de junho, os servidores federais enfrentaram dificuldades no governo de Dilma. Dentre as medidas que surpreenderam os dirigentes cutistas está o corte do ponto dos servidores e a instituição de decreto para terceirizar o serviço a fim de enfraquecer a greve. Apesar disso, a categoria resistiu. No pico, o movimento chegou a contar com a adesão de cerca de 350 mil trabalhadores, segundo informações da Condsef.
O secretário de imprensa e comunicação da entidade, Sergio Ronaldo da Silva, explica que a greve não teve objetivo de desgastar o governo, mas de cobrar um compromisso assumido no ano passado. “O governo assinou compromissos e não cumpriu. Entramos em greve para resgatar a valorização da força do trabalho e cobrar a reestruturação de carreiras”, aponta. Os 15,5% de reajuste salarial oferecidos pelo governo não resolvem o problema das distorções do serviço público municipal.
Mais de 200 reuniões entre representantes do governo e dos grevistas foram realizadas na tentativa de acordo, mas pouco avanço foi constatado. No Paraná, a greve foi puxada pelos servidores do Incra.