Os vereadores de Curitiba seguem as ordens do prefeito Luciano Ducci. Eles rejeitaram em massa a emenda apresentada pelos vereadores da oposição (professora Josete, Jhonny Stica, Pedro Paulo, Algaci Túlio, Noêmia Rocha, Salamuni) e mais Julião Sobota e que inclui os excluídos no projeto das 30 horas. Os vereadores da base do prefeito, João do Suco e Emerson Prado elogiaram a postura do prefeito como bom administrador e reafirmaram a negociação apenas em fevereiro de 2012.
Durante a aprovação do projeto, o vereador Pedro Paulo incentivou o prefeito a não discriminar os trabalhadores da saúde: “Agora quero ver o prefeito estender o direito para todos aqueles que trabalham na saúde”, disse o vereador. Já Emerson Prado, que elogiou a saúde de Curitiba, ressaltou que “o prefeito Luciano Ducci teve a capacidade de valorizar os servidores”, mas esqueceu que é uma luta de 20 anos e não explicou para os “excluídos” porque não foram incluídos no projeto e nem porque o canal de diálogo não foi aberto neste momento.
A vereadora professora Josete, em nome da oposição, reafirmou as 30 horas para os cinco segmentos contemplados e apresentou emendas que reduziam a jornada do laboratório municipal para 20 (projeto de 1961) e que incluíam os excluídos já nas 30 horas da saúde: “Nós avisamos ao prefeito que isso ia acontecer. Porque não se debateu com as demais categorias quando o projeto era formulado”, questiona Josete.
Os excluídos seguem em greve e aguardando uma mesa de negociação já para pelo menos ter um projeto apresentado em fevereiro de 2012.
Não me representa
Os vereadores da base do prefeito receberam um aviso dos excluídos das 30 horas e vão levar o recado aos bairros: “Não, não, não me representa”. Para o vereador Emerson Prado, que defendeu a postura do prefeito, foi dito: “Uh, uh, eu voto no Cajuru”, em recordação a base eleitoral do vereador.