Trabalhadores afirmam que a saúde trabalha em equipe e condenam discriminação no projeto das 30 horas.
A greve dos excluídos da saúde no projeto das 30 horas segue amanhã, 6. A concentração ocorrerá novamente na praça Santos Andrade com caminhada à prefeitura e a câmara municipal, onde o projeto das 30 horas deve ser votado. Neste dia, pelo menos 300 profissionais da saúde participaram da greve, suspendo o recebimento e análise, principalmente, de exames de sangue e outros procedimentos no Laboratório municipal.
No primeiro dia de greve, o prefeito Luciano Ducci se comunicou apenas através da mídia. Ele afirmou que os excluídos do projeto da saúde “trabalham na secretaria de saúde, mas não diretamente na área da saúde” (sic). A declaração causou espanto nos servidores da saúde. “o prefeito, que é médico, deveria olhar o descritivo de função dos farmacêuticos, biólogos, nutricionistas e outros pra ver que eles trabalham na área da saúde e não devem ser discriminados”, disse Marcela Bomfim, presidenta do Sismuc.
Paralisação
As atividades de análise no Laboratório Municipal foram interrompidas no primeiro dia de greve. O Laboratório analisa cerca de 280 mil procedimentos mensais e cerca de mil procedimentos por dia de 110 unidades de saúde. “O laboratório é responsável por 90% dos exames da rede municipal e é referência no país inteiro”, informa o farmacêutico Eduardo Marques. No local são realizados os exames do mãe curitibana e exames de HIV. A paralisação no laboratório deve atrasar os exames em curto prazo e em médio prazo.
Além disso, o trabalho de ginástica realizada com a terceira idade também foi interrompido, uma vez que os orientadores esportivos também pararam as atividades.
Apoio
Os conselhos regionais de farmácia e de psicologia manifestaram apoio a redução de jornada de trabalho dos trabalhadores da saúde. Para os conselhos, esses profissionais pertencem sim a área da saúde. “(Apoiamos os farmacêuticos) tendo em vista a recomendação da Organização Mundial da saúde no que se refere à carga horária dos profissionais da saúde”, diz nota do conselho regional de farmácia.