Profissionais da saúde distribuíram panfletos a população e a colheram assinaturas pelas 30 horas.
Os profissionais da saúde fizeram uma caminhada de protesto neste sábado na Rua XV. Com o grito "saúde na rua, prefeito a culpa é sua", os trabalhadores informaram a população sobre a discriminação que o prefeito Luciano Ducci quer submetê-los. Ele deve mandar um projeto de lei reduzindo a jornada de 40 para 30 para apenas cinco categorias. Isso excluirá farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, profissionais de laboratório e tantas outras categorias que compõe a saúde municipal.
O grito dos excluídos foi realizado porque a secretária de saúde Eliane Chomatas se nega a dialogar com as categorias que ficaram de fora da proposta. Segundo Eduardo Marques, farmacêutico, a prefeitura alega que a pauta das 30 horas é uma luta antiga dos profissionais que serão contemplados com a lei. “Isso é um grande erro. As 30 horas é uma pauta de toda a saúde. Inclusive com reconhecimento da Organização Internacional do Trabalho e da Organização Mundial da Saúde.”
A presidenta do Sismuc Marcela Bomfim lamentou durante a caminhada a atitude discriminatória do prefeito Ducci. "Ele, como medico, sabe que toda saúde reivindica e merece 30 horas. Por que então resolveu excluir as outras categorias"?, questiona. Já a diretora de comunicação do Sismuc Alessandra Oliveira lembra que o sindicato, o Coren e a Aben aceitaram a proposta das 30 horas e ainda declararam apoio aos demais profissionais da saúde.
Com narizes de palhaços, apitos e faixas pretas nos braços, os trabalhadores da saúde fizeram o ato um dia após assembleia da categoria deliberar pelo indicativo de greve para 16 de novembro, caso não sejam incluídos na lei das 30 horas. “Ora, se a saúde de Curitiba é a melhor do país, como diz o prefeito, porque ele não valoriza os profissionais que fazem esse trabalho?”, critica a nutricionista Carla Vanessa.
Ate a votação na Câmara municipal, o movimento grito dos excluídos segue se mobilizando com as faixas pretas contra a discriminação, distribuindo folhetos informativos e passando abaixo assinado à população, além de incentivar ligações no 156 da prefeitura pelas 30 horas para toda saúde.
Notícias Relacionadas: