Movimento dos fiscais ganha volume e categoria exige melhores condições

Os fiscais da prefeitura estão iniciando um forte processo de mobilização. A categoria está cansada da demora da prefeitura em negociar melhores condições de trabalho. Com um dos menores pisos salariais da prefeitura (R$ 716,96) e sem um plano próprio, os trabalhadores lutam pela valorização profissional e por aumento salarial.

Diante das negativas da prefeitura até o momento, eles estão se negando a realizar horas extras. No último sábado, fiscais do urbanismo deixaram de fazer os plantões, o que resultou em uma verdadeira invasão de camelôs ao centro da cidade. Em reunião realizada hoje (29), no Sismuc, os fiscais do meio ambiente também decidiram adotar a mesma medida e irão se negar a realizar horas extras.
 
Uma pauta específica dos fiscais já foi protocolada pelo Sismuc, juntamente com um pedido de reunião de negociação. A data depende, agora, da prefeitura.
 
Hoje à tarde uma comissão de fiscais foi até a secretaria de urbanismo para conversar com representantes da administração. Dentre os presentes estava o chefe do departamento de fiscalização José Filippetto. Eles foram ameaçados de perder uma gratificação de produtividade, garantida pelo decreto 874/99, e os que estão em estágio probatório “podem ter problemas”, segundo informado pelos fiscais que participaram da reunião, caso se neguem a fazer as horas extras. 
 
A secretária de comunicação do Sismuc Alessandra Oliveira afirma que este tipo de atitude é inaceitável e ilegal. “Isto é assédio. O trabalhador não pode ser ameaçado por participar de atividades sindicais e não pode ser obrigado a fazer hora extra. A hora extra é opcional. O servidor faz se quiser e não se quando a chefia quer”, diz.

Texto: Guilherme Carvalho