Prefeitura começa a ceder e guardas avaliam proposta em assembleia

Em nova reunião de negociação dos guardas, realizada hoje (17), no edifício Delta, a prefeitura já começa a dar mostras de que está preocupada com a mobilização da categoria.  A administração voltou atrás e afirma que não vai mais mexer na fórmula da gratificação de risco. Ou seja, será mantido o percentual de 50% com descontos sobre horas extras também. Outro compromisso é o aumento gradual do piso salarial, passando para R$ 1 mil este ano, R$ 1,1 mil em 2012, R$ 1,2 mil para 2013 e R$ 1,3 mil em 2014, porém incluindo neste cálculo os valores dos reajustes salariais anuais.


As formas de crescimento vertical e horizontal e a tabela salarial continuam sendo o impasse. A prefeitura admite o crescimento desvinculado do cargo, porém, o crescimento horizontal contaria com 2 % na mudança de referência, o que hoje é de 2,8%. Já o crescimento vertical ficaria em 5%, com possibilidade de avanço em torno de 10 anos, sendo que atualmente, o plano prevê aumento de 15%, a cada dois anos, conforme disponibilidade de vagas.


A contagem do tempo de serviço para o reenquadramento também é uma questão que ainda permanece sem acordo. O sindicato defende que os percentuais salariais atuais no tempo de serviço, sejam contabilizados para o reenquadramento, a fim de se manter a isonomia e a linearidade.  


Sobre os pisos, o sindicato propõe o aumento em percentuais e em prazos menores para se atingir os R$ 1,3 para evitar que os ganhos sejam corroídos pela inflação. Além disso, defende-se que estes aumentos sejam desvinculados dos reajustes salariais.


Na opinião do diretor do Sismuc Diogo Monteiro, “os resultados da reunião são um indício de que a organização dos guardas está surtindo efeito. No entanto, não tem nada concretizado ainda e, por isso, é fundamental que o ritmo de mobilização continue. Se a prefeitura sentir que perdemos nossa unidade, não tenho dúvida de que haverá retrocessos novamente”. 


Assembleia


Estas e outras questões serão tratadas em assembleia, marcada para logo mais, às 19 horas, na sede do Sismuc. A decisão do conjunto da categoria será levada para uma nova mesa de negociação marcada para o próximo dia 24. Antes disso, no dia 22, a categoria realiza uma paralisação para pressionar a prefeitura a atender as reivindicações dos trabalhadores. Além disso, há também um indicativo de greve previsto para o dia 29.