Mobilização dos guardas, neste dia 21, pretende apresentar problemas à população
Em assembleia realizada no último dia 11, cerca de 70 guardas repudiaram a demora da prefeitura em dar encaminhamento ao novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da categoria. De acordo com as informações repassadas pelos representantes da prefeitura na reunião de negociação, realizada antes, no mesmo dia, um novo encontro só ocorrerá no dia 11 de março. O prazo seria em função de um estudo do impacto financeiro que a medida causaria e que estaria sendo realizado por uma empresa terceirizada.
Um dos impasses continua sendo sobre o reenquadramento da categoria na nova tabela salarial a ser montada. O Sismuc defende que os critérios a serem utilizados levem em conta o tempo de serviço. Caso contrário, guardas com, por exemplo, mais de 15 anos de prefeitura, ganhariam o mesmo que colegas de 1 ou 2 anos.
Os guardas também reafirmaram sua pauta de reivindicações, aprovada no ano passado, onde se exige piso salarial de R$ 1,3 mil e querem que seja mantido o percentual de 50% da gratificação de risco. A decisão contraria a proposta da administração municipal, que ofereceu R$ 1.000 de salário-base, juntamente com a fixação da gratificação em R$ 450.
Horas extras
A realização das horas extras continuam a ser um incógnita. A prefeitura comprometeu-se em apresentar uma nova escala de trabalho, mas ameaça cortar as horas extras. A incorporação desses valores aos salários poderia ser uma alternativa para evitar que a categoria tenha perdas no poder de compra, conforme debatido em assembleia.
Terceirizações
Também preocupa a intenção de terceirização de serviços de segurança na prefeitura de Curitiba. Segundo informado pelo inspetor Odgar Nunes Cardoso, existe a possibilidade de se contratar empresas para realizar o monitoramento de unidades de saúde. A medida está sendo sustentada pela administração como forma de baratear os custos com trabalhadores, o que coloca em risco a qualidade do serviço oferecido e a integridade dos empregados das empresas terceiras, dos próprios servidores e da população. A categoria questiona a medida, uma vez que já existe competência para realizar a tarefa.
Operação padrão
Como forma de protestar contra a situação atual e o tratamento que tem sido dado pela prefeitura, os guardas preparam uma mobilização para o próximo dia 21. Trata-se de uma “operação padrão”, onde ao invés da paralisação dos serviços, os guardas se reunirão para repassar orientações à população. O objetivo é mostrar a importância dos guardas para a segurança dos curitibanos e os motivos pelos quais merecem ser valorizados pela prefeitura. A atividade inicia 9 horas da manhã, na Boca Maldita.