A escolha do voto

Está se aproximando mais um pleito eleitoral. As promessas e os problemas continuam os mesmos. O sistema de saúde está precário, tanto na esfera estadual quanto na municipal. Falta servidor para suprir a demanda existente, pois a falta de comprometimento e os baixíssimos salários impedem de profissionais capacitados a preencherem esta lacuna.

Quanto à segurança, dispensa-se comentários. É fácil dizer que a guarda municipal de Curitiba é uma secretaria, só se for de fachada, pois se fosse uma secretaria ordinária, não necessitava depender de esmolas e favores de outras secretarias, tais como URBS, educação, etc. Se fosse uma secretaria real, teria seu estatuto, recursos próprios e uma política transparente, começando pela extinção de cargos comissionados dentro da corporação, onde chefias que estão chefiando seus núcleos, tivessem apenas uma compensação financeira e não os exorbitantes salários que ganham, por apoiarem e trabalharem a favor de candidatos que usam o nome da gloriosa guarda municipal de Curitiba para angariar votos, mas deixam de aprovar as reivindicações da corporação. Se tal política fosse séria e transparente, estes valores exorbitantes poderiam ser convertidos em melhores salários para aqueles que fazem a guarda municipal de Curitiba ser destaque e não privilégios de tão poucos. E os chefes de núcleos estariam lado a lado dos demais guardas, lutando pelos mesmos objetivos. Sobre os tais candidatos que estão por ai, pedindo o meu e o seu voto, quando lhes perguntaram a respeito dos servidores, estes responderam com veemência que não precisam do voto dos servidores para se elegerem.
Quanto à educação, a situação está mais amena, mas ainda necessita de atenção especial, pois educadores e professores são importantes para o aprendizado de nossas crianças, mas sua valorização é inexistente, pois para se aperfeiçoarem fazem milagres, investindo parte se seus baixos salários, mantendo-se atualizados, para poderem repassar seus conhecimentos dia a dia.
É notório que todos os políticos estudaram ou saíram da mesma escola, pois seus discursos em época de eleição são os mesmos, independente da legenda partidária, seja a ou b. Quando conseguem se eleger acabam tendo o mesmo surto que os anteriores, ou seja a amnésia, esquecendo das promessas registradas em cartório e falada em cima de palanques.                  
Para nós, guardas municipais, vale a pena lembrar, que em fevereiro de 2010 quando estávamos reivindicando nossos direitos junta a administração atual, fomos taxados de vagabundos e os mesmos que falaram isso hoje estão aparecendo com cara de bonzinhos e honestos pedindo o voto dos guardas municipais e servidores em geral.
Só nós podemos dar a resposta que eles merecem, mas para isto acontecer, temos que ter audição e visão aguçada, se abrirmos o jornal, ligar o rádio ou a televisão ouviremos ou veremos que a realidade não é essa que a mídia está falando ou mostrando para tentar persuadir e induzir o povo a cometer os mesmos erros do passado.