Um decreto emitido pela prefeitura deveria garantir o direito ao recesso em alguns horários nos dias de jogos da seleção brasileira. Trata-se do decreto 668/2010. A grande maioria dos servidores com certeza estavam de acordo com a decisão e achariam o cúmulo não serem liberados para assistir as partidas. Pois foi o que acabou acontecendo nos cmei’s e escolas da regional Cajuru, onde todos tiveram que continuar o trabalho normalmente, apesar das decisões dos conselhos.
O problema ocorreu por uma arbitrariedade da chefe do núcleo Elizabeth Dubas Lakoski, que não só desrespeitou a decisão dos conselhos como da própria secretaria de educação. Segundo determinação da secretaria, os estabelecimentos de ensino funcionariam de acordo com uma escala, naqueles locais em que houvesse crianças a serem atendidas. A relação de funcionários suficientes seria determinada por uma pesquisa com os pais. No cmei Cajuru, por exemplo, 75% dos pais concordaram em trazer as crianças apenas nos horários em que não houvesse jogo. Com essa informação o conselho decidiu montar uma escala.
Porém, em nova reunião no cmei, a chefe do núcleo teria reafirmado o que já tinha dito a todas as diretoras da regional, ou seja, de que os funcionários só seriam dispensados se não houvesse nenhuma criança no local. Escalas também foram proibidas por ela. A situação se repetiu em pelo menos outros 40 locais.
“A atitude representa um desrespeito à decisão do conselho e está no caminho contrário da democracia, pois tira toda a autonomia de gestão previsto na LDB”, diz Juliano Soares, diretor do Sismuc.
Diante da situação, Dubas acabou pedido desculpas e admitiu o erro durante a reunião. O caso foi levado pelo Sismuc à superintende Meroujy Giacomassi Cavet, que achou a atitude da chefia inadmissível e que garantiu estar averiguando a situação. Uma nova reunião também será marcada com a chefe do departamento de educação infantil Ida Regina Mendonça para também tratar do assunto.
