18/12/2009 – 14:30
O Sismuc e o Sismmac realizam amanhã (19) a primeira Assembleia Popular, com o tema “Segurança pública: prevenção ou repressão?”. A atividade consiste em um espaço público para opiniões e expressão de diferentes pontos de vista e trata-se de uma atividade independente. O objetivo é elaborar linhas centrais em consenso para a construção de um projeto de cidade paralelamente a partidos políticos e espaços institucionais.
Representantes de movimentos sociais, de sindicatos, de instituições acadêmicas e do poder público estão sendo convidados para participar da atividade. A partir de uma exposição inicial, os organizadores pretendem abrir o debate para que qualquer pessoa possa fazer intervenções.
Dentre as principais questões a serem abordadas está a ausência de políticas públicas e de iniciativas governamentais para melhorar a condição de vida da população marginalizada. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública apontam que a criminalidade cresceu em Curitiba no comparativo entre o primeiro trimestre de 2007 e de 2008. Os homicídios, por exemplo, tiveram um acréscimo de 8,10%.
Já os investimentos sociais, que incluem saúde, educação, cultura e habitação, realizados pela prefeitura de Curitiba sofreram redução. Em 2008 foram investidos R$ 1,5 bilhões, enquanto que este ano, o previsto é de R$ 1,4 bilhões.
Guardas
No que diz respeito aos investimentos na guarda municipal, os curitibanos também tem motivos para se preocuparem. Além de contarem com pisos salariais inferiores aos de outras cidades de menor porte como Campo Largo, São José dos Pinhais, Maringá e Araucária, os guardas também reclamam das péssimas condições de trabalho. Falta de equipamentos de proteção individual, de treinamento adequado, auxílio-alimentação entre outras reivindicações continuam pendentes.
Entre 2004 e 2008 as ocorrências atendidas pelos guardas municipais aumentaram 677%, enquanto que o efetivo cresceu apenas 19,5%. O resultado da intensificação do trabalho e da ampliação das responsabilidades dos guardas têm resultado na precarização das condições de trabalho. Os piores momentos foram marcados pela morte de quatro guardas, assassinados em atividades decorrentes do exercício profissional.
Agenda
A Assembleia está marcada para dia 19 de dezembro, a partir das 11 horas. O ponto de encontro é a praça Rui Barbosa e a participação é livre.
Imprensa Sismuc