Novos guardas preparam paralisação branca na segunda

04/12/2009 – 16:20

Uma reunião a ser realizada amanhã (5), às 9 horas, no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) prepara a deflagração de outra paralisação de guardas municipais na próxima segunda-feira. Dessa vez são os 186 alunos que estão insatisfeitos com as condições de trabalho e preocupados com os riscos a que estão sendo expostos pela administração.
Na apresentação realizada diariamente, hoje pela manhã, no memorial de Curitiba, representantes do Sismuc conversaram com os novos guardas. Problemas graves como ausência de coletes à prova de bala para guardas femininas, da carteira funcional (documento que garante o direito de poder de polícia para abordagens), péssimas instalações nos postos são alguns dos problemas dos novos guardas. Eles também apontam o fato de que nenhum deles recebeu arma e não se julgam preparados para fazer o trabalho de abordagem nas ruas, devido à ineficiência do curso de formação. Na foto, guardas novos fazem abordagem em adolescentes que estavam brigando. Detalhe: guardas estão sem armas. A formatura, por exemplo, está prevista apenas para o dia 15 de dezembro, mas o trabalho de rua vem sendo realizado desde o dia 23 de novembro, nas ruas do centro.
Na segunda-feira 90 novos guardas deverão se apresentar no Memorial e outros 90, em grupos de 10, serão enviados para as regionais. Representantes do Sismuc estarão se dirigindo no mesmo momento a estes locais e convocam os demais guardas veteranos a ajudar na tarefa. A mobilização em construção consiste em uma paralisação branca, ou seja, a recusa dos novos guardas em sair dos postos de trabalho para fazer a ronda, contrariando a determinação das chefias da guarda municipal.
Ainda amanhã de manhã, uma panfletagem será realizada na Boca Maldita com o jornal “Curitiba de Verdade”, expondo os problemas da segurança na capital e as dificuldades dos guardas municipais.
Retomando
O movimento dos guardas municipais de Curitiba vem ganhando força nos últimos meses devido a uma série de problemas no exercício da função. O mais grave é a morte de quatro guardas, nos últimos seis meses. Uma pauta de reivindicações está em negociação com a secretaria de defesa social, mas, conforme avaliação da última assembleia da categoria, realizada no último dia 2, demonstrou insatisfação com as respostas da administração.
Imprensa Sismuc
Matérias relacionadas: