12/08/2009 – 16:45
O presidente reeleita da CUT, o urbanitário Artur Henrique, falou com a imprensa do Sismuc sobre o 10º Congresso da CUT, realizado na semana passada. Ele fez uma avaliação do evento e deu pistas de um novo projeto de lei que deve provocar modificações na estrutura sindical brasileira. Confira a entrevista:
Quais são os próximos passos e os projetos da CUT tendo em vista a crise da economia e o governo Lula?
Artur Henrique: O congresso aprovou todo um plano de ação para a CUT no próximo período, centrada em três grandes frentes. A primeira delas é a luta em relação ao enfrentamento da crise e isso passa pela implementação da nossa pauta sindical. O segundo tema é o que nós estamos chamando de um novo modelo de desenvolvimento, uma plataforma para as eleições de 2010, que vai ser construído ao longo dos próximos meses para ser apresentado às candidaturas à presidente da república, com uma série de questões que vão ser debatidas. E terceiro, é com relação à ampliação da base de representação da nossa central, é o fortalecimento da CUT. Então, nesse sentido, acho que é importante essa ação sindical na base, organização por local de trabalho, investimento em formação, investimento em ação sindical. São todas estratégias que nós vamos agora começar a colocar em prática. Já começa agora no dia 14 esse grande ato (nacional) que nós vamos organizar em conjunto com todo o movimento sindical e os movimentos sociais.
Como você avalia a lei de reconhecimento sindical? Você acredita que ela aumenta a representatividade da CUT?
AH: Nós continuamos a ser a principal central sindical do Brasil. Nós temos 39% de todos os associados do Brasil a algum sindical. Para você ter uma ideia, a segunda central sindical é a Força Sindical com 13%. Então, nós temos três vezes mais do que a segunda central sindical. Mas ainda temos um desafio em relação à mudança da estrutura. O reconhecimento das centrais sindicais foi importante, mas é fundamental aprovar, ainda no segundo semestre, um projeto de lei que acaba com o imposto sindical e implementa a contribuição a partir da negociação coletiva.
Isso está perto de acontecer?
AH: Sim. Está na boca do forno, na Casa Civil para ser enviado pelo governo para o Congresso Nacional e vai ter um esforço muito grande de toda a base da nossa central para garantir que a gente tenha essa mudança importante também na estrutura sindical.
Imprensa Sismuc