Mobilização

A CUT-PR fez o lançamento estadual do abaixo-assinado pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários, na última terça-feira, dia 04 de março, com a realização de debate e manifestação em Curitiba. O objetivo, segundo o presidente da Central no Paraná, Roni Anderson Barbosa, é conquistar, no mínimo, 50 mil adesões até o dia 1º de Maio. A meta nacional é coletar um milhão de assinaturas. “Vamos mobilizar todos os nossos sindicatos, dirigentes e militantes nesta campanha. Depois encaminharemos as assinaturas, juntamente com as dos demais estados, ao Congresso Nacional para pressionar os parlamentares pela aprovação da redução da jornada através do Projeto de Emenda Constitucional 393/01”, declarou.

Para o debate, que aconteceu no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), foram convidados a secretária nacional da mulher trabalhadora da CUT, Rosane Silva, e o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese-PR), Sandro Silva. Com um discurso mais técnico, Sandro apresentou dados que justificam a redução da jornada. “Apesar do nível do desemprego no Brasil estar diminuindo desde 2004, ele ainda é muito elevado. O contra-senso é que existem muitas pessoas trabalhando excessivamente e muitas pessoas sem emprego. Se a jornada semanal for reduzida em quatro horas, serão gerados cerca de 2,25 milhões de novos postos de trabalho no país, de acordo com dados de 2005 do Ministério do Trabalho. No Paraná seriam aproximadamente 130 mil novos empregos. Porém, de nada ainda efetivar essa medida se ela não vier acompanhada com o fim ou a limitação das horas-extras e do banco de horas, já que o capital apropria-se do tempo livre do trabalhador com esses mecanismos de extensão da jornada diária”.

Ainda de acordo com o economista do Dieese, além da geração de empregos, a redução da jornada impulsiona a economia e dinamiza seu ciclo virtuoso de crescimento, levando, consequentemente, a melhoria do mercado de trabalho. “Também existe outro ponto favorável, que é a melhoria da qualidade de vida e da saúde do trabalhador. Com uma jornada menor, serão reduzidos os casos de lesões, estresse, depressão, entre outros, bem como possibilitará um melhor convívio familiar”, finalizou.

Em sua fala, Rosane Silva optou por dar ênfase nos impactos que a redução da jornada traria para as mulheres. “Os resultados dessa medida seriam mais positivos para as mulheres. Nós sofremos mais com o desemprego e a informalidade, e ainda recebemos os menores salários, em média 75% da remuneração dos homens. Estudos demonstram que a participação da mulher no mercado de trabalho tem crescido no último período. Somos 46,7% da população economicamente ativa, por outro lado, também somos 55% dos desempregados no Brasil. Por tudo isso, a redução da jornada e suas conseqüências, como a geração de empregos e a diminuição da informalidade, é estratégica para as mulheres”, apontou. “Quando a CUT luta pela redução da jornada, aumento do salário mínimo, previdência pública, e outras reivindicações globais, está lutando pelo conjunto da classe trabalhadora, mas isso é fundamentalmente importante para as mulheres. É essencial nos apropriarmos desses dados para impulsionar nossas lutas”, completou Rosane.

Manifestação
Após o debate, sindicalistas e militantes foram, por volta do meio-dia, até a Boca Maldita, tradicional local de manifestações da capital paranaense, e realizaram um ato público, com coleta de assinaturas para o abaixo-assinado. Muitas pessoas que passavam pelo local pararam para ouvir as falas das lideranças e aproveitaram para aderir a esta campanha unificada das centrais sindicais brasileiras. Essas atividades que a CUT-PR promoveu para lançar o abaixo-assinado tiveram grande repercussão nos meios de comunicação paranaenses.


 


Fonte: CUT/PR

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