O governo não tem intenção de alterar o aumento já previsto para o salário mínimo neste ano, mas, por enquanto, não tem planos quanto ao reajuste dos servidores públicos. “Enquanto não resolver toda equação, não tomaremos medidas para aumentar gastos”, reiterou hoje o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. A prioridade, segundo ele, é reequilibrar o Orçamento da União após a perda de R$ 40 bilhões anuais com o fim da CPMF.
“A decisão é de segurar decisões até equilibrar novamente o Orçamento”, insistiu Bernardo quando questionado sobre o reajuste do funcionalismo. “Não posso falar em aumento de gasto quando tem R$ 40 bilhões de déficit nas contas.” O mesmo serve, na opinião do ministro, para concursos públicos -com exceção daqueles já autorizados ou pactuados com o Ministério Público. “Não queremos interromper, mas queremos deixar em suspenso antes de resolver” , disse ele.
O caso do salário mínimo é diferente. O ministro lembrou que no fim de 2006 o governo acertou com as centrais sindicais uma fórmula de reajuste do vencimento, correspondente à inflação medida pelo IPCA mais a variação real do PIB dos dois anos anteriores. “A intenção é fazer o cumprimento, não temos nenhuma orientação para mudar”, afirmou o ministro, completando que o governo tem uma política de valorização do salário mínimo.
UOL