Prefeitura admite déficit na enfermagem, mas não abre concurso público

O Sismuc se reuniu com a Comissão Intersetorial de Recursos
Humanos da Prefeitura de Curitiba (CIRH). Na pauta a falta de profissionais da
saúde. A gestão admitiu déficit de trabalhadores na enfermagem, odontologia,
farmácia e médicos. Contudo, abrirá vagas apenas para a contratação dos
últimos. Enquanto isso, Unidades de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento
(UPA) seguem com o atendimento precarizado.

A Secretaria de Saúde reconheceu o déficit de funcionários. É
o caso da Unidade de Saúde Abranches. No local foi identificada a necessidade
de quatro auxiliares de enfermagem, dois ASBs (Auxiliar de Saúde Bucal) e um
cirurgião dentista. Já na UPA Boa Vista a ausência é de três enfermeiros, dez
auxiliares de enfermagem e um farmacêutico. Também há falta de profissionais na
UPA Boqueirão. Registra-se a falta de 17 auxiliares de enfermagem e três
enfermeiros.

O sindicato cobra a abertura de concurso público para a saúde
de Curitiba e demonstra preocupação com a política da gestão. “O diagnostico da
gestão é preocupante. Mas nós já tínhamos ideia dele há algum tempo quando os
servidores apontavam a dificuldade de atender a população, acumulando trabalho.
Agora, cobramos que o remédio, que é o concurso público, seja aplicado”,
receita Sônia Nazareth, coordenadora do Sismuc. Contudo, o representante da
gestão, Sérgio Malheiros, alegou não saber se haverá abertura de concurso para
essas profissões.

Concurso e reorganização
de médicos

A Prefeitura de Curitiba priorizou a reorganização dos
plantões e abertura de concurso público para médicos. O concurso deve ocorrer
até março de 2015. Os critérios de preenchimento das vagas, a quantidade e
remuneração ainda não foram publicizados.

Quanto a reorganização, nas UPAs, ficou definido a lotação
de oito médicos de plantão do horário das 18 as 24 horas. Já o plantão das 24 às
7 horas contará com uma equipe de quatro médicos. A mudança ocorre
imediatamente sem criar ou retirar vagas nos equipamentos. “No antigo modelo se
gerava ociosidade de médicos em alguns períodos, além de desperdício de
recursos públicos. Vamos ficar de olho se essa nova formação melhora o
atendimento”, observa Nazareth.

Com relação à equipe de plantão, as mudanças ainda não foram
definidas. As escalas de trabalho estão em discussão com o sindicato (veja
matéria). Segundo a gestão, a média de 40 atendimento nas UPAs no período
noturno.