Prefeitura de Curitiba admite falta de profissionais nas UPA’s

O Sismuc se reuniu com as secretarias de saúde e recursos
humanos para discutir as condições de trabalho e financeiras dos trabalhadores
das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A categoria tem apontado nos últimos
meses que são obrigados a trabalhar mais, em piores condições e que a
Prefeitura de Curitiba ainda tem realizado cortes em seus vencimentos, como
horas extras. Ao todo, sete pontos foram tratados.

Com relação à falta de trabalhadores dentro dos equipamentos
para atender a população e as escalas de trabalho, a Prefeitura admite que “está
ciente do déficit e está aguardando um novo concurso público”, contudo, o “concurso
depende de trâmite”, ou seja, sem prazo definido. Isso se reflete em problemas na escala de
trabalho em que o tema tem sido apenas estudado, mas que pode ocorrer um alívio
com a introdução de agentes administrativos e sociais dentro das UPA’s. Medida
insuficiente, na ótica do sindicato: “Os trabalhadores não vão colocar em risco
o exercício profissional executando duas escalas ao mesmo tempo”, alerta Maria
Aparecida Martins Santos, coordenadora do Sismuc.

Por causa da falta de profissionais, os trabalhadores são
obrigados a trabalhar para além de sua jornada de 30 horas. Contudo, a gestão
Gustavo Fruet tem dado calote no pagamento das horas extras realizadas, além de
querer cortar 25% das horas extras que ocorrerão nos próximos meses. “A Superintendência
Executiva está empenhada na negociação junto à SMRH e SMF para pagamento das
horas realizadas”, se defende a gestão em ata de 8 de outubro de 2014.

Para o Sismuc, a Prefeitura deve honrar os compromissos
financeiros. “Os trabalhadores da saúde não aguentam mais fazer trabalho dobrado.
Eles executam atividades que deveriam ser distribuídas entre duas ou mais pessoas.
A gestão quer ampliar o atendimento à população, o que não somos contra, mas
sacrificando os trabalhadores, inclusive não pagando o que deve”, lamenta Irene
Rodrigues, coordenadora do Sismuc.

Condições de Trabalho

Os servidores também demonstram preocupação com a população
quando apontam falta de equipamentos e a higiene das Unidades, cujo asseio é
terceirizado. Para esses dois pontos, a Prefeitura de Curitiba argumenta que
trocará a prestadora de serviço de limpeza em novembro de 2014 e que busca “manter
o suprimento adequado para atendimento”, como registra ata. Até lá, “como ficam
as possíveis contaminações derivadas da desinfecção precária? A Prefeitura vai
correr o risco de alguém agravar seu estado de saúde ou morrer para tomar uma
atitude?”, previne Irene.

Hospital Evangélico

Alvo de denúncias e falta de recursos financeiros, o
Hospital Evangélico também foi discutido. O Sismuc alertou que se ocorrer uma
parada de atendimento neste hospital isso pode sobrecarregar as UPAs. Para o
tema, a Prefeitura de Curitiba comentou que monitora o Evangélico através da Superintendência
de Atenção.

Serviço

Condições de trabalho e financeiras

Assembleia Saúde

13 de outubro

19 horas

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