O dia do professor foi marcado por mais uma mobilização nos cmei´s de Curitiba. Os educadores distribuíram o jornal ‘Curitiba de Verdade’ apontando os principais problemas no ambiente de trabalho: descumprimento da hora permanência e do dimensionamento (relação de crianças por educador em sala de aula), alto índice de afastamentos por motivos de doença e falta de isonomia com o magistério. A organização dos trabalhadores resultou em mesa de negociação na semana que vem.
A pauta dos educadores não é desconhecida pela Prefeitura. Na reunião de 30 de junho foram destacados pontos fundamentais para melhorar a educação (clique aqui para ver). Entre os principais está a necessidade de concurso público e da “ampliação das equipes volantes para suprir as licenças legais nos cmei’s”, para que haja o integral cumprimento da hora permanência. Nesta reunião, a Secretaria de Recursos Humanos informou que até o fim do ano seria realizado concurso. No entanto, o processo ainda não foi chamado.
Mesa de negociação
A mobilização dos educadores surtiu efeito. No próximo dia 22 de outubro, às 10, o Sismuc deve se reunir com a Secretaria de Educação. Nesta reunião deve ser reafirmada a pauta do segmento e cobrada ações efetivas, segundo Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral.
– Os educadores vêm de grandes mobilizações com atos nas ruas, conversas com os pais e panfletagens. Isso culminou na agenda do dia 22. Vamos debater a hora permanência, que ainda na avançou. Nós queremos que ela saia do papel e se torne realidade. Além disso, a realização de concurso público e a isonomia com o magistério com a redução de carga horária e aposentadoria especial – lista.
Paralisação em Cmei
Os profissionais do Cmei Ana Proveller, no Uberaba, fizeram paralisação de 50 minutos no dia do professor. Como na maioria dos equipamentos da Prefeitura de Curitiba, a queixa é contra a falta de funcionários. No local, até o pessoal da limpeza ou funcionários de uma empresa terceirizada que fornece comida estão entrando em sala de aula para cuidar de criança, conta a professora Luíza. Segundo a professora, os afastamentos para tratamento de saúde não são repostos pelo Núcleo de Educação.
– Os afastamentos são muitos constantes. Temos laudo de afastamento de 30 dias que não foi reposto o profissional. Eles dizem (núcleo) que no presente momento não tem contratação, que não tem educador e que é pra continuar trabalhando como pode –, denuncia.
Este cmei está com o quadro completo de 15 profissionais. No entanto, segundo os trabalhadores, há quatro afastamentos.
Coletivo da Educação
O coletivo da educação se reúne no Sismuc na quarta-feira, 16. O objetivo é avaliar as mobilizações e reafirmar a pauta de negociação para a reunião com a Prefeitura na próxima semana.